Valeu a pressão. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, recuou e não vai mais pagar as passagens para cônjuges dos deputados, chamada “bolsa-esposa”. A decisão ocorre após críticas da sociedade. Vários gabinetes receberam ligações de eleitores para que os deputados recusassem o benefício. Cunha vai sugerir regras mais rígidas para a concessão do benefício. A ideia é que os parlamentares tenham que solicitar autorização para o uso dos bilhetes para o cônjuge, entre o Estado e a capital, em casos específicos. Com informações da Folha de S. Paulo.
“Não acho que foi precipitado nem que deveria tomar mais cuidado. Acho muito bom quando se faz uma atitude e pode ter tranquilidade de vir rever”, disse Cunha. “Não somos imunes a críticas e possíveis erros.” As passagens para cônjuges foram uma proposta de campanha de Cunha. Ele afirmou que a medida foi mal interpretada e tratada erroneamente como “regalia”. “Foi uma repercussão muito negativa. Não houve entendimento correto”,disse.
Na segunda-feira (2), o PT decidiu aderir ao movimento contra a “bolsa-madame”, articulação que conta com PSDB, PPS e PSol. Com o PT, são 135 deputados que se comprometeram a não utilizar o benefício. O PCdoB, com 13 deputados, também informou que adotou a postura.