A comunicação oficial encaminhada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná (CRM-PR) ao presidente da Câmara Municipal de Campo Largo, Alexandre Guimarães no último dia 25 de março de 2025, demonstra a que ponto um político quer mostrar serviço se aproveitando de cenas em UPAS, utilizando-se de um sensacionalismo barato.
Uma postura totalmente inadequada do vereador Gustavo Torres que deve ser levada ao conselho de ética da Câmara Municipal de Campo Largo, principalmente depois que o próprio Conselho Regional de Medicina reprovou os modos do vereador dentro das unidades de saúde .
Segundo o CRM-PR, a atitude do parlamentar extrapolou “o bom senso”, acusando-o de ter promovido “sensacionalismo em detrimento da classe médica” e de gerar “ambiente de desconfiança” nos profissionais, o que poderia “incentivar a violência verbal e até física contra médicos”. O ofício ainda sugere que as fiscalizações sejam feitas com “respeito, sobriedade e ética” – recomendações válidas, mas que ganham contornos preocupantes quando usadas para, indiretamente, tentar limitar o alcance da atuação parlamentar.
O CRM-PR levanta, ainda, a suspeita de que a conduta do vereador Gustavo Torres seria uma forma de autopromoção, sugerindo que o uso de redes sociais teria “tumultuado” o ambiente hospitalar. No ofício do CRM é relatado que as ações como a do vereador Gustavo Torres resultariam em “desrespeito” à classe médica. No entanto, é fundamental separar o profissional que atua com ética e compromisso, daqueles que eventualmente não cumprem suas obrigações com zelo.
O vereador confundiu totalmente o dever de fiscalizar como um ato de exibição e de auto se promover com intuito claro de prejudicar o trabalho da UPA e também dos médicos que prestam o serviço na unidade de saúde.
O presidente da Casa, Alexandre Guimarães, recebeu a comunicação do CRM-PR e encaminhou à Comissão de Ética para análise sobre eventual quebra de decoro por parte do vereador
