CANÁRIO BOM SÓ CANTA NA GAIOLA

unnamed (1)

Passado o período eleitoral e com as coisas entrando nos seus eixos lembrei-me do meu avô, Joaquim Gonçalves Cordeiro, (Nhó Quinco), que lá em Morretes esclareceu uma pergunta que lhe fiz: “por que esse passarinho não para de cantar… Não é melhor soltá-lo”?

A resposta foi de filosofia simples e matreira:

– Esse é um cenário da terra e “canário bom só canta na gaiola”.

Mudando de assunto observei que, na política, todos que ocupam e desejam ocupar funções relevantes na administração pública ficaram tão satisfeito que não quiseram sair dos poleiros e pediram para os seus “donos” que os mantivessem nos cargos que já ocupavam.

O gorjeio, para muitos, não passou de uma triste melodia, juras e mais juras foram feitas e acabaram em nada. Falta, com certeza, de ALPISTE.

Em sentido figurado nenhum candidato, sobre tudo, aqueles que desejavam continuar mandando, não deram nenhum pio, sobre a revisão das multas escorchantes – não só da Receita Federal, como também aquelas outras determinadas pelos Estados e Municípios, assim, como seus contribuintes só tivessem a obrigação de pagar e não reclamar!

Deus queira que os problemas não se tornem maiores sob o fundamento de que o erário público não possa ficar desfalcado.

Mas se eles faltaram para com seus jurisdicionados faremos lembrar de Ruy Barbosa quando disse, na oração aos moços: 

“Tenhamos sentidos nos ventos, que sopram de certos quadrantes do céu”. 

 O Brasil é a mais cobiçável das presas; e, oferecida como está, em cauta, ingênua, inerme, a todas as ambições, têm, de sobejo com que fartar duas ou três das mais formidáveis.

A ambição de uns poucos sobre muitos precisa ser acautelada, porque os cofres públicos estão arrasados independentes da “babilônia” de dinheiros que entram em nome de impostos intoleráveis e multas descabidas para o povo, mas justificadas pelos homens passados e suspeitos para os que entram.

Compartilhe