Daqui um mês, Cascavel completa sete anos de uma administração que agrada a todos, ou a quase todos.
Agrada ao eleitorado menos exigente, que não costuma, por preguiça ou por desconhecimento, filtrar as informações que recebe. Agrada ao empresariado, que pede e recebe, dentro das regras, no limite das regras ou totalmente fora delas. Agrada às nossas incipientes instituições, entidades classistas, sejam patronais ou de trabalhadores, cujas lideranças foram cooptadas a troco de benesses pessoais, como cargos e privilégios. Agrada até a quem no passado, até sete anos, se oferecia para substituir as autoridades legalmente constituídas no sentido de fiscalizar as ações da prefeitura, como o falecido Observatório Social. Agrada a todos, em especial aos veículos de comunicação, que viveram sete anos de fartura, com faturamento nas alturas. Agrada, ainda mais especialmente, aos vereadores que, com raras exceções, se elegeram para representar seus eleitores e os traíram, dizendo amém e aprovando tudo que o prefeito ordenou, desde compras de terrenos claramente superfaturados, passando por um aumento insano do perímetro urbano, até o esfacelamento do patrimônio imobiliário que os prefeitos anteriores adquiriram para o povo.
Mas se a administração está agradando a todos, o que é que eu tenho que ficar criticando?
Acontece, meus preclaros, meus ilustres, meus notáveis leitores, que não existe dinheiro suficiente para tamanha permissividade, a menos que se comprometa alguma fatia da próxima, ou das próximas gestões. Um erro de cálculo possivelmente tenha sido cometido, e a situação financeira deteriorou um ano antes do previsto e planejado.
A prefeitura está com um grau de comprometimento das suas finanças tão grande que tenta, desesperadamente, vender TODO o patrimônio do povo, para cobrir folha de pagamento e pôr em dia os compromissos com fornecedores.
A preocupação com as consequências que maus administradores sofrem no país, depois da lei de Responsabilidade Fiscal, não é maior porque, como opinei antes, esta administração agradou a todos. Muito. Chegou ao ponto de, quando flagrados em irregularidade, o Judiciário determinar uma devolução de parte do ilícito e jogar uma pedra em cima. Então, nada vai acontecer com ninguém, tudo vai ficar bem pra todos.
Dito isso, não se assuste, agora vem a parte ruim.
CASCAVEL PARTE II
O problema financeiro, grave e milionário, não é a maior falha desta administração. O ruim mesmo, o prejuízo, é a falta de planejamento, o desconhecimento das necessidades reais do município.
Quando Maringá vai inaugurar, em dezembro agora, o mais moderno instrumento de segurança no seu aeroporto, o ILS- Instrument Landing System, permitindo operações das aeronaves em condições climáticas extremas, Cascavel construiu uma sala de espera, e anuncia para os pouco exigentes que temos o melhor aeroporto do interior do Brasil. Esse é só um exemplo, mas é emblemático. Mostra a diferença entre resolução séria de um problema de segurança e uma obra eleitoreira, populista, como o saguão do nosso aeroporto, que continua inseguro, perigoso.
A novidade, a próxima atração, é o Mercado Municipal. Ainda tentando vender as dezenas de imóveis que o município tem, a prefeitura anuncia que vai fazer o Mercado no Centro de Convenções, o único que temos, construído pelo Salazar Barreiros, que supre muito bem as necessidades, embora não seja mais o ideal. Pequetito, pero cumplidor, nosso Centro vai dando conta do recado, valentemente.
Vocês entendem que usar a metade do imóvel para o Mercado Municipal, desativando o único Centro de Convenções que temos, é uma coisa boa, de prefeito competente? Se acham, aplaudam, quem sou eu para divergir…
Será que já não basta ter usado grande parte da Clínica de Recuperação de Dependentes Químicos para abrigar outros órgãos da administração, reduzindo o número de pacientes atendidos?
A administração está perdida nas finanças, que não suportaram sete anos de favorecimentos e permissividade. E está perdida, confusa, no planejamento das obras, como esse exemplo do Mercado, necessário, mas que jamais deve ser construído extinguindo o Centro de Convenções.
SHOW RURAL COOPAVEL
Como o tempo voa, estamos a 60 dias do maior evento de tecnologia do agronegócio nacional, o Show Rural, que de 5 a 9 de fevereiro de 2024 vai mostrar aos mais de 300.000 visitantes o que existe de mais moderno no planeta para a produção de alimentos.
A cada ano, quando parece ser difícil superar o evento anterior, a Coopavel surpreende e a feira deixa os limites do país e repercute em todos os países produtores, na mídia e através dos visitantes agropecuaristas que chegam para aprender como produzir mais no mesmo espaço, com respeito absoluto ao meio ambiente. A eficiente diretoria da Coopavel, capitaneada pelo Dilvo Grolli, hoje uma das mais respeitadas vozes do setor produtivo brasileiro, está trabalhando a todo vapor para novamente surpreender a todos os que vierem ver o Brasil que dá certo.
Mesmo que você não seja produtor, a visita certamente vai te agradar. Venha: de 05 a 09 de fevereiro.
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CLERISTON: PARA NÃO ESQUECER
Todo jornalista do país, digno do diploma, seja da direita, da esquerda ou do centro, na minha opinião, tem a obrigação de, ao menos uma vez por mês, por uma década, citar o ocorrido com o “perigoso terrorista” Cleriston Pereira da Cunha, que morreu na prisão da Papuda, em Brasília, por falta de atendimento médico compatível com sua doença. O pedido de providências feito ao Ministro Alexandre de Moraes ficou engavetado por vários meses, sendo a culpa pela morte atribuída ao ministro, por motivos óbvios.
Alexandre de Moraes, por linhas tortas, faz um grande favor ao país, com sua arrogância e seu nítido despreparo para a função. Ele desnuda a Corte, política, que defende companheiros, governos, ao invés de aplicar a lei sem interpretações que, em alguns casos, chegam a ser criminosas.
Só chegando ao fundo do poço, em algumas situações, e essa do STF é uma delas, é possível mudar alguma coisa. O STF está chegando lá.
SUPER MUFFATO EM SÃO PAULO- 16 LOJAS ATÉ DEZEMBRO
Como no início desta coluna eu escrevi sobre o absurdo da prefeitura pretender fechar o Centro de Convenções para construir um Mercado Municipal, vou agora falar de gente competente, que orgulha os cascavelenses. O grupo Super Muffato, da Reni e dos filhos, carinhosamente chamados por aqui de “os Muffatinhos”, segue crescendo em ritmo de Tigre Asiático, denominação dos países daquele continente que apresentaram por muitos anos crescimento superior ao do restante do mundo. Após longa negociação com o grupo Makro, o contrato de compra de 16 lojas e 11 postos de combustível do grupo holandês foi assinado em janeiro, e após 11 meses o primeiro Max Atacadista abriu suas portas neste dia 22, no Bairro Butantã, em São Paulo. Até o final de dezembro, as outras 15 lojas também estarão funcionando, ficando concluída a primeira incursão do grupo na capital paulista, mercado mais rico, difícil e disputado do país.
Os valores da compra das lojas do Makro pelo Super Muffato não foram divulgados. O investimento nas adaptações das lojas, em média, é de R$ 60 milhões por unidade, totalizando quase Um Bilhão de Reais. Empresários como os Muffato, entre outros, explicam a Cascavel rica e pujante que temos, construída em apenas sete décadas.
MUFATINHOS- Ederson, Everton e Eduardo.
SPERAFICO ASSINA PEDIDO DE CPI DO ABUSO DE PODER
O Brasil assiste estarrecido aos abusos de poder, claríssimos, escancarados, de alguns ministros do Supremo Tribunal e do Tribunal Eleitoral. O Congresso Nacional começa a se movimentar para barrar esses desmandos, e o pedido de uma CPI para apurar esses abusos (tarefa facílima, tem gravações de centenas de confissões feitas em público) e também para barrar decisões monocráticas dos ministros.
O pedido de CPI na Câmara foi assinado pelo Deputado Dilceu Sperafico, informa sua assessoria.
A restrição às decisões monocráticas, individuais, de ministros, equivalentes a dar a uma única pessoa, sem votos, o poder de anular leis constitucionais aprovadas na Câmara e no Senado, e sancionadas pelo Presidente da República, cabe ao Senado, e está tramitando de forma rápida. A assessoria também informa que o deputado, em conversa pessoal com o Governador Ratinho Jr. pediu a duplicação da PR-139, entre Toledo e Umuarama, a duplicação da PR-182, entre Toledo e Francisco Alves, e a conclusão do contorno da Avenida Egydio Munaretto.
Na entrega do Título de Cidadão Honorário do Oeste ao empresário toledano Luiz Donaduzzi, concedido pela AMOP, Dilceu, em nome da Câmara Federal, falou sobre a importância de Donaduzzi para o Oeste e para a Paraná. “A Prati Donaduzzi é uma das maiores empresas farmacêuticas do país, gerando milhões em impostos e criando milhares de empregos de qualidade, e o Biopark é uma das maiores demonstrações da capacidade empreendedora do Luiz, que já tem seu nome gravado na história do Paraná como um dos responsáveis pela pujança econômica e social do nosso estado…”, disse o deputado.
Ratinho e Dilceu: duplicação de rodovias.