As centrais sindicais e os movimentos sociais se reuniram em São Paulo e decidiram deflagar uma greve geral contra o pacote de maldades da presidente Dilma Rousseff (PT) que está tramitando na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. As centrais e os movimentos preparam o Dia Nacional de Paralisações e Manifestações – Rumo a Greve Geral, uma grande manifestação no dia 29 de maio. Os trabalhadores são contra as medidas provisórias 664 e 665, que determinam novas regras para o acesso a direitos trabalhistas e previdenciários, além do projeto de lei que trata sobre a terceirização, mas precariza as relações trabalhistas e reduz direitos adquiridos.
Segundo Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, a central está preparada para o dia 29 de maio e que é preciso incluir na pauta de reivindicação da manifestação as questões ligadas ao fundo de financiamento estudantil, o Fies, que está prejudicando milhares de estudantes em todo o país, e aos professores que permanecem em greve.
“Temos que fortalecer as pautas que nos une em prol de um objetivo maior, que neste momento é impedir que as MPs 664, 665 e o PL 4330 sejam aprovados, mas também precisamos lutar pela melhoria da educação no nosso país, pois para sermos na prática uma ‘Pátria Educadora’ é fundamental que os professores sejam valorizados e que tenham melhores condições de trabalho”, explica Patah.
Participaram do encontro na sede da UGT, representantes da CTB, CGTB, CUT, Força Sindical, NCST e Intersindical que, apesar das divergências políticas ou ideológicas reconheceram que este é o momento de fortalecer a união entre as entidades para enfrentar esta situação que é extremamente prejudicial à classe trabalhadora. “Qualquer forma de desentendimento entre as centrais, neste momento, é pequeno diante de tudo isso que se apresentou para ser combatido”, explica Francisco Pereira (Chiquinho), secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT nacional.