COLUNA DE OGIER BUCHI: MULHER BRASILEIRA, UMA JUSTA HOMENAGEM!

Na terça-feira, dia 27 de fevereiro de 2024, o Estado do Paraná por obra e graça de iniciativa do Dep. Soldado Adriano e demais pares, resolveu escrever um texto primoroso em homenagem à mulher brasileira. Ao conceber legislativamente o nascimento de Cida como paranaense, os demais milhões de paranaenses de nascimento, representados pelos seus três poderes legais, puderam receber como concidadã a mulher brasileira que nasceu caçadorense da sempre bela e Santa Catarina, e tornou-se cidadã do mundo.

Por laços sanguíneos – de meio e de hábito – Cida, foi criada num lar de muitos filhos, e de afetividade extravasada como sói ser a italiana. Menina, linda e fagueira, teve a juventude com as dificuldades que a época oferecia, mas sempre superada pela sua alegria de ser e pelo amor familiar do clã Borghetti. Desenvolveu sua aptidão pela comunicação e, já na época, mostrou seu interesse pela política, campo onde efetivamente floresceu para uma linda e admirável carreira.

Na vida pessoal, construiu família com o eminente e destacado político maringaense Ricardo Barros, que sucedeu o futurista  aviador Sílvio Barros. Como Primeira Dama de Maringá, Cida mostrou do que era feita: e, até hoje, como já testemunhei, é lembrada pela eficiência e a bondade sempre que demandada na função. O árduo e proveitoso trabalho lhe garantiu assento na Assembleia Legislativa por duas vezes, e daí uma passagem pela Administração Jaime Lerner, o que resultou num proficiente mandato de deputada federal.

Posteriormente, foi eleita Vice-Governadora do Estado do Paraná, ao lado do Governador Beto Richa. Assumiu o Governo estadual, tornando-se a primeira Governadora da história do Paraná. Seu mandato foi inspirado no grande estadista Juscelino Kubistchek: nele, a ideia era de 50 anos em 5. Cida fez de um tudo e fê-lo bem, para em 9 meses, cumprir todo um planejamento em uma ação que contemplasse sua holística visão da vida pública.

Cabe parêntese para, com uma Vitória, que tem na sua Maria um exemplo de filha, mãe, esposa e deputada estadual, a representação de tudo de bom que o sangue Borghetti transmite aos seus.

A sociedade Garibaldi representa o aplomb de Maria Aparecida nos dias de hoje. Com classe, equilíbrio e fiel à sua tradição, ela de per si é uma homenagem ao empoderamento da mulher brasileira. Represento aqui, e nestas palavras, certamente o meu sentir, o de Alba Regina, dos meus filhos e netos, e de todos os paranaenses que admiram Maria Aparecida.

P.S.: este texto é sobretudo uma homenagem à minha amiga Ires Anna Borghetti.

ARTICULAÇÕES POLÍTICAS PARA 2024 E 2026

Engana-se quem pensa que a ausência de Ratinho Jr no dia 25 foi um ato impensado e ou pouco analisado. Esclareço que de há muito tempo, não falo com o Governador e muito menos com seus dois principais conselheiros políticos, Renato e João Carlos!

Todavia, aprendi desde sempre que política se faz por sinais, e os sinais que são originados no Palácio Iguaçu são de clareza hialina!

Nesta etapa me sobra certeza que há construção de candidatura presidencial! Analisemos, portanto, em partes.

Há consenso na sociedade brasileira para uma candidatura que represente uma conduta de equilíbrio e que não seja calcada tão-somente na profunda diferença que existe entre os partidários de Lulle e de Bolsonaro. Com efeito, tanto um como outro mantém – e mais do que isso, diuturnamente – e incentivam a rivalidade e o ódio entre os seus simpatizantes. Tal divisão contaminou não só a população, mas sobretudo o próprio Estado brasileiro, como acontece no Supremo Tribunal (hoje, um representante claro do segmento lulista).

No domingo (25), Bolsonaro esclareceu que, na ótica pessoal dele, a qual nesse caso corroboro, a solução oferecida pela política e pela lei passa pela decisão popular legitimada pela urna. Daí a extrema importância das eleições deste ano, e do ano de 26. Sabedor de tal importância e, mais do que isso, do que o seu equilíbrio histórico pode lhe garantir, o grupo de Ratinho Jr. estrutura seus passos.

O principal deles, sem nenhum embargo, é a aproximação com o Partido Liberal. Ouvi do Prefeito Paranhos, recém-ingresso no PL, seu desejo de ser uma alternativa para o governo em 2026.

Paranhos é político experiente, e premiado pelas urnas, posto ser prefeito reeleito na cidade que talvez, ao lado de Londrina, represente as mais politizadas do Estado. Vale dizer: ganhar uma eleição em Cascavel é um forte tento. Se reeleito, é cesta de três. Ora, Paranhos jamais faria essa afirmação sem que ela tivesse o aval de Fernando Giacobo, o comandante do PL do Paraná, que é amigo “in pectoris” de Valdemar Costa Neto.

Ora, Kassab e Costa Neto são políticos de larga experiência e com trajetos positivos na construção de candidaturas presidenciais. O fato de que Bolsonaro não tem simpatia pela ideia de construção com o PSD não tem a menor relevância, porque – até o momento – ele não é candidato para 26.

Observe, leitor, que não minimizo a grandeza de Bolsonaro: apenas, aqui faço uma análise de construção político-partidária.

O Governador do Paraná tem a seu favor um mandato extremamente bem-sucedido até o momento, e que poderá terminar desta forma bastando para isso que ele organize algumas poucas peças que não funcionam no seu xadrez governamental estadual. Conta com sua discrição pessoal – que lhe tem sido tão útil na trajetória – poderá certamente atrair toda aquela parcela que citei de brasileiros que discordam do radicalismo. Por enquanto, ao jogar junto com Giacobo, seu amigo de longo período histórico, joga bem.

MUNICIPAL

Em Curitiba, ainda persiste uma incógnita em relação aos grandes: é claro que, mercê do comentário acima, o leitor está autorizado a desde logo antever uma possível participação do PL na chapa majoritária do Governador, que tem como indicado o atual vice-prefeito Eduardo Pimentel. Entendo factibilidade nessa construção, porquanto o Partido Liberal tem em seus quadros vários nomes respeitáveis na história da cidade de Curitiba. Pessoas cujo currículo e vivência na comunidade lhes garantem a eventual indicação. O nome sempre citado e reiterado na esfera partidária é o do deputado estadual Ricardo Arruda, que pode inclusive capitanear, obviamente, uma candidatura majoritária.

E O SENADO, HEIN?

Em relação ao Senado, esta identidade entre o PSD e o PL não traz nenhuma novidade, porque até o mapa do Paraná em granito que existe atrás do Palácio Iguaçu sabe que Paulo Martins é o candidato do Governador. E diga-se, por honestidade intelectual: nem poderia ser diferente, porquanto os une uma amizade de juventude e uma campanha unida em 2022. Por certo, votos de um para outro foram úteis a ambos, e é evidente que neste caso, não haveria no que inovar, como acima já lembrei.

Outro candidato que já está estabelecido e que tem base partidária e municipal muito forte é Ricardo Barros. No campo da esquerda progressista, não consigo enxergar nome competitivo que não seja de Gleisi Hoffmann e/ou Enio Verri. De qualquer maneira, com o quórum preenchido, o TRE vai votar, e qualquer que seja sua decisão, não interferirá na decisão pré-exigida por Lulle no caso do – até então – Senador Moro, que por isso mesmo certamente voltará à condição de cidadão comum.

DOMINGO, BINGO

Como todo mundo tinha a mais absoluta certeza, aconteceu o previsto: a sociedade brasileira não mais suporta a ditadura de toga e a absoluta incompetência do Governo de narrativas e festas de bode que Lulle capitaneia nestes últimos 14 meses.

A Avenida Paulista estava lotada, muito em razão disso, e também porque até aqueles que preferem ficar na linha dos que estão no muro, hoje temem as decisões que atropelam as garantias constitucionais da cidadania. Não há embargo em lembrar que o inquérito que nunca acaba e que tudo permite a Alexandre de Morais é uma espada de Dâmocles na cabeça de qualquer cidadão brasileiro.

Não se trata de agressão ao Estado Democrático, ou descumprimento da lei, muito pelo contrário: qualquer manifestação é no sentido de que o Judiciário, Legislativo e Executivo se respeitem, mas sobretudo, respeitem o povo brasileiro, que no final é quem paga os seus salários.

Silas, Bolsonaro e Michele.

No que tange às manifestações orais em cima do palanque, devo afirmar que a mim, me interessou o que foi dito por Bolsonaro e Malafaia: os demais discursos são procedimentos de aquecimento que, em linguagem popular, são chamados “água de macarrão”. Respeito a manifestação de Tarcísio e acho que a Sra. Michele precisa ser lembrada que ato cívico não se presta a discurso religioso.

Malafaia expressou aquilo que perpassa o coração do brasileiro, que não se conforma com o Judiciário com evidenciado ativismo político e indisfarçável “part prix”. Bolsonaro, a seu turno, como ele próprio confessou, orientou sua manifestação com o professor de Constitucional, Michel Temer, como já o fez em 2021. Na vez anterior, não funcionou. Desta vez, o tempo dirá se funcionará.

ORAÇÃO DE OGIER BUCHI:

 Senhor, vai continuar abençoando Lira e Pacheco? Será que eles merecem? Amém!

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