Coluna do Ogier Buchi: O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO

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Tenho refletido muito em relação ao que mudou no sentimento médio do povo brasileiro, a partir do advento da pandemia que se iniciou no final de 2019, quando os primeiros relatos vieram da China, espalhando-se pela Itália e a posteriori, pelo mundo.

Creio que sob o aspecto moral, esta tenha sido a praga que mais reflexos teve no campo comportamental, porquanto pragas anteriores em priscas eras assolaram a humanidade, sem que os homens se dessem conta de que eram dizimados – e isto acontecia sem que sequer eles se comunicassem e tivessem efetiva consciência do que estava ocorrendo.

Em tempos de comunicação imediata, a internet cumpriu o seu papel, e tudo que cerca uma pandemia se fez presente. Pertinente, neste momento, lembrar os efeitos provocados no comportamento moral nos povos fortemente atingidos. Não sou um especialista em números da dita pandemia, mas é comum que aqui no Brasil se repita número que varia entre 600 e 700 mil mortos.

A título de comparativo, tão somente, pertinente lembrar que os Estados Unidos perderam na pranteada Guerra do Vietnã cerca de 50 mil homens; e a Agência Reuters dá notícia de que um milhão de mortos foram contabilizados naquele país. Ora, a matemática não admite tergiversações e muito menos, interpretações com a flexibilidade que a política costuma imprimir na sua forma de enfrentar a realidade.

Se a guerra já nos causa profundo horror, as mortes por um agente chamado Corona Vírus nos causam mais do que horror, profundo pavor. Todavia a ciência, de alguma forma obstaculizou o andamento da pandemia e as mortes físicas cessaram! Nesta etapa, seis anos passados, e tão somente com base no cenário brasileiro, tenho a ousada impressão de que as mortes não foram só físicas, porquanto neste período morreu também grande parte do senso moral das nações – pelo menos, da minha nação.

Destaco pela importância o exemplo dado por um político que fazia parte de um consórcio de estados nominado Consórcio Nordeste, que no auge das mortes deveria ter comprado ventiladores, e que na verdade, comprou secadores de cabelo.

Ora, um dos governadores do malfadado consórcio, a posteriori, elegeu-se Senador, já foi Ministro da Justiça e hoje é Ministro da Suprema Corte!

A descrição do progresso desse homem é feita para que o leitor acompanhe a ilação que faço da perda absoluta de compromisso moral e critério que apareceram em decorrência da dita pandemia. Parece claramente que a sociedade entendeu, não mais do que de repente, que não valia a pena o compromisso com a moralidade, seja ela individual ou na res publica.

A cada dia que passa, vejo aprofundar-se o discurso da esquerda ladravaz deste país, que insiste em referir-se à Administração Federal anterior como responsável pela pandemia, como se algum agente público tivesse optado por tal desgraça; e como sempre foi de conveniência dos populistas, justifica todas as mazelas da sua incompetência e infinita voracidade pelo dinheiro público como se culpados fossem os governantes anteriores.

Durante a pandemia, ouvi muito o termo “falência respiratória”, como um eufemismo para a morte. Pois nessa etapa, sou provocado a usar similar expressão, afirmando que vivemos um tempo chamado “falência moral”, para ressignificar a verdade que é a falência administrativa do desgoverno Lulle!

Se alguém imagina que eu quis comparar Lulle e seus ineptos ladravazes com uma pandemia, acertou.

BOXE OU MUAY THAI? FUX X GILMAR

Muitas pessoas se surpreenderam com a atitude do Ministro Fux, que busca trocar de turma no Supremo Tribunal Federal, e é absolutamente natural que pessoas não afeitas ao dia a dia do Judiciário desconheçam o quão profunda é tal proposição. Ocorre que quando um magistrado de qualquer instância é relator de um processo, aplica-se a ele o termo “juízo natural”, que implica na vinculação do magistrado ao dito processo.

É muito comum nos tribunais, em especial em casos de desembargadores substitutos, que o quórum de uma turma seja alterado em uma determinada sessão, exatamente em função da dita vinculação do substituto ao processo em que julgamento.

Não conheço a carga atual de processos do Ministro Luiz Fux, mas ao transferir-se, ele leva consigo todos os processos nos quais detém a relatoria. E onde está a sapiência e sabedoria de Fux ao tomar essa atitude, nesta altura? Aonde anteriormente ocupava o centro do ringue, trocando sopapos nas mais diversas alturas e regiões, com Gilmar Mendes.

Pois bem, meu caro Watson, elementar: ao transferir-se, e levar consigo os seus processos, certamente possibilita a mudança visceral do entendimento da Corte, pois afasta de Carminha, de Alexandre de Morais e de Zanin, e desde logo se aproxima dos dois nomeados por Bolsonaro.

Não é preciso consultar a Mãe Dinah para saber que a Suprema Corte vai mudar de rumo, e a cobra poderá fumar em sentido contrário, ao vento da corrupção que sopra no Palácio do Planalto.

OS HOMENS, SEU HISTÓRICO E SEU DESTINO

O Paraná conta atualmente com uma liderança nacional emergente e isto é um fato incontestável. E a liderança em nome: Carlos Roberto Massa Junior.

Primeiro, justifico que não lancei o apodo porque sabidamente não gosto de utilizá-lo, porquanto identifica – e bem – um dos maiores apresentadores da história da televisão brasileira, a quem, como todos sabem, muito admiro. Todavia, não me apraz chamar o futuro Presidente da República pelo apelido familiar!

Isto posto, passo a justificar e esclarecer porque entendo que o Governador do Paraná tem o queijo na mão para ser o Presidente da República. Como se sabe, na manhã da quinta-feira o veteraníssimo político brasileiro Lulle definiu que é candidato em 2026, portanto, vislumbrando um quarto mandato presidencial, sobre o que discorrerei a posteriori.

Ora, não é segredo para ninguém que o candidato “in pecturis” do Presidente do PSD, senhor Kassab, é o atual Governador de São Paulo. Todavia, o próprio Tarcísio mais de vez declarou que tem trabalho a fazer em São Paulo, e que via de consequência não está na hora dele. Já no que tange ao Governador do Paraná, tenho para mim que a letra de Vandré cai-lhe a filipeta, porquanto “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

Ocorre que o jovem paranaense tem a apresentar ao Brasil um período governamental recheado de resultados que convencem o povo por ele governado, e a incontestável prova do que alego é o número da mais recente pesquisa que lhe dá 85% de aprovação nesta etapa histórica de seu governo.

Creio fundamental que os políticos amparem suas decisões e até mesmo suas ambições mercê de seus resultados, e sobretudo com base no julgamento do povo que é o depositário destes resultados. Inobstante outros Governadores tenham apresentado excelentes índices de aprovação, nenhum deles em tempos modernos chegou ao patamar do atual governante. E olhe que o Paraná foi bafejado pela sorte, pois vale destacar nomes como Álvaro Dias, Roberto Requião, Jaime Lerner e Beto Richa, cujas obras e bons feitos todos reconhecemos.

Quem me segue nesses meus quase 30 anos de Impacto sabe que sempre defendi que o Paraná deveria ter sim, um candidato a Presidente da República. O leitor poderia me obtemperar, lembrando que já os tivemos, seja na figura de Afonso Camargo, seja na figura de Álvaro Dias, ao que desde logo redarguirei lembrando que tais candidaturas estiveram em linha auxiliar e, por tal razão, não foram efetivamente competitivas.

É diferente, caro leitor, em relação a Carlos Roberto Massa Junior, porquanto as obras que tem a apresentar algumas no campo material, outras talvez mais importantes até, no campo imaterial como as escolas cívico-militares e sua grande qualidade, dão substrato para que o homem cumpra o seu destino.

Quero esclarecer que há muito tempo não falo pessoalmente com o Governador, portanto, não tenho condições de afirmar o que lhe vai na alma, mas como cidadão do Paraná que acompanha sua trajetória, tenho o dever de exigir como cidadão paranaense que sou, que ele cumpra seu destino. Sei que para um homem de apenas 45 anos, a tarefa de buscar recuperar o país depois de Lulle, o Átila, pode parecer um desafio inalcançável, especialmente pelo compromisso com a esposa e os três filhos.

Ocorre que – e aqui, não de forma piegas – parafraseio o herói nacional francês Exupery “a responsabilidade por aqueles que foram cativados pelo bom trabalho, sem embargo, é de quem os cativou”. Não é possível, nesta etapa, seccionar tão brilhante trajetória político administrativa, e reitero que esta decisão já não pertence mais à pessoa de Carlos Roberto, porquanto ao qualificar-se como líder que de fato o é, ele assume o dever de enfrentar esta jornada que finalmente poderá dar ao Paraná o protagonismo que ele merece ter na história deste país.

 E O LULLE CRESCE NA PESQUISA

Em relação às pesquisas que denotam crescimento de Lulle, tenho uma visão bem pessoal que relativizo a importância das mesmas, e desde logo justifico tal relativização. Na minha modesta ótica, elas refletem um crescimento que é decorrente tão somente do ufanismo artificioso decorrente de um possível enfrentamento contra o homem laranja.

Ora, como Trump é aparentemente um parlapatão, o parlapatão tupiniquim entende que tudo se resolve com um brado decorrente de goles numa cervejinha e um tapa na mesa, que espalha o baralho de truco.

Obviamente, esse tipo de personalidade rasa do presidente brasileiro é facilmente identificado pelos experts internacionais que se preocupam efetivamente com as balanças externas das nações envolvidas no difícil trato da geopolítica internacional.

Os efeitos de brados ufanísticos são sempre efêmeros, e por isso a certeza de que este acréscimo momentâneo das pesquisas começa a derreter no mês de dezembro, quando os pais ou chefes de família se defrontam com o indefectível dia 24, e aquela pergunta que é própria de qualquer lar, em qualquer cidade do mundo, e decorre do efeito “Santa Claus”: “e o meu presente, pai?”; e daí o choque de realidade de cada pai brasileiro, que a cada Natal que passa menos resposta tem para dar para sua descendência! Nessa hora, certamente o frustrado pai vai lembrar-se de Lulle, o Mentiroso e de Janjê “de Paris”, gastando o dinheiro da mãe brasileira.

ORAÇÃO DE OGIER BUCHI: Senhor, esqueceu do Brasil? Nem um raio no Senado Federal, e muito menos no Palácio do Planalto?

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