COLUNA MANO PREISNER: AGRADECIMENTOS, MUITOS AGRADECIMENTOS!

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Nas últimas semanas, com a proximidade do julgamento da assassina do meu filho, Alessandra Paula Mello Mareze, recebi muitas manifestações de apoio. Amigos fiéis de muitos anos, amigos recentes, promotores, advogados, muitos amigos da mídia, outros membros da mídia que nem eram amigos mas fizeram questão de me manifestar sua indignação. Alguns foram especiais, gostaria muito de citá-los, mas e o medo de esquecer alguém?

Vou aos poucos dando um jeito de fazer chegar a cada um eles meu eterno reconhecimento.

A todos esses queridos amigos, obrigado, obrigado, obrigado.

ESPERTEZA DEMAIS ENGOLE O ESPERTO

Tanto o Paranhos fez que conseguiu índices de aprovação, desde o segundo ano de mandato, muito altos. Promoveu suspeitas pesquisas tantas vezes que transformou sua aprovação em verdade. Mentira repetida, sem contestação, vira verdade. Gastou muitos milhões na sua autopromoção. Chegou ao ponto, no segundo mês de seu primeiro mandato, de inaugurar o Residencial Riviera, com 2.100 casas, deixadas prontas pelo Edgar Bueno, como obra sua, e a imprensa massacrou essa notícia e a obra acabou constando como da sua gestão. Mais de 2.000 casas em 30 dias, não é demais?

Resumindo, Paranhos pode entregar o governo com alto índice de aprovação popular.

E aí a esperteza pode complicar o futuro.

Ele se borra de medo do Edgar Bueno ganhar a eleição e desenterrar todos os podres que vier a encontrar. Só que está enganado: qualquer um que venha a vencer será candidato à reeleição. É até possível que o único que não queira continuar seja o Edgar, pavor maior do Paranhos.

Ganhando, Renato vai querer continuar, e lógico que precisa desconstruir o Paranhos, senão ele retorna facilmente. Se o Pacheco ganhar, pobre Paranhos. Ele é policial dos bons, e já demonstrou tino político. Vai liquidar a imagem do Paranhos em pouco tempo.

Não tem para onde correr o nosso aprovado e ímprobo prefeito. Confiram depois. 

BRASIL: PRIVILÉGIOS E OPORTUNIDADES PERDIDAS

Quando alguma coisa não dá certo na vida econômica da família, as pessoas tomam providências de imediato. Uma mudança de emprego que não deu o resultado esperado, um negócio mal feito, um gasto inesperado, como uma doença ou um acidente, e por aí afora. Os comandantes da casa reduzem gastos, cortam supérfluos, improvisam, e na maioria das vezes as contas seguem equilibradas.

Os governos, nas três esferas, não fazem isso. Nada, ou quase nada, faz um prefeito, governador ou presidente cortar gastos.

Quem participou de uma administração, esteve do lado de dentro do poder público, conhece as dificuldades de fazer um político adiar uma obra eleitoreira, enxugar a máquina pública, administrar com honestidade e respeitar o suor do contribuinte que mantém a estrutura pública. Vejam que não toquei aqui em demitir cabos eleitorais enfiados na folha de pagamento por vereadores, deputados, senadores. Ou cortar verbas de propaganda, que mantém vivas, e bem avaliadas, administrações desastrosas.

Mas vamos centrar mais no governo federal.

Quando aconteceu a pandemia, com o mundo parado, aquela doideira de ver gigantes como Shangai, Tóquio, Nova Iorque, Mumbai, paralisadas, ruas vazias, sobrou a ação do governo.

Bolsonaro, proibido pelo Supremo de agir, pois foi delegada a estados e municípios a missão de combate à Covid, mandou todo o dinheiro do mundo para esses estados e municípios. Em Cascavel, por exemplo, sobrou muito dinheiro. Outras contas foram pagas com as verbas remetidas, porque veio muito. Elogiei muito a rapidez das remessas de dinheiro e os valores, coisa que eu nunca tinha visto no burocrático Brasil. Não houve, nem poderia, qualquer dúvida quanto a isso. Todos sabiam que era necessário, e depois veríamos como cobrir o rombo. Se dúvidas vieram, foi sobre roubos nos municípios, nenhuma novidade.

Tempos depois, comecei a enxergar que Bolsonaro falhou feio. Passou batido. Atordoado pela violência da doença, fez de imediato as remessas, bilhões e bilhões surgiram num passe de mágica, e a União absorveu o gasto inesperado.

Era a hora de cortar privilégios. Não se levantaria uma única voz, ninguém votaria contra projetos cortando mordomias para combater a doença.

Enxugar despesas do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, cortar fundo na carne gorda desses poderes. Cortar vinte por cento do custo inacreditável dos três poderes seria um começo do resgate da respeitabilidade. Por mais importante sejam as autoridades, não precisam de jatinhos públicos para ir ao Carnaval ou ao jogo do Flamengo. Não precisam de jatinho para ir comprar cavalos em São Paulo. Juízes não precisam de ajuda para comprar paletó. Senadores, caipiras em seus estados, nem sabem apreciar um vinho caro. Ministros não precisam de “lagosta foie gras” nos seus cardápios diários.

Bolsonaro não cortou nada, fugiu do assunto, os beneficiários dos privilégios continuaram acumulando verbas, calorias e afastando-se da realidade das pessoas comuns. Nenhum repórter nos contou, porque não lhe passou pela cabecinha, de onde veio toda aquela dinheirama, se o governo alegava sempre que o caixa estava fraco. E o Lula?

BRASIL II

Lula está se defrontando com um inesperado, gigantesco e inimaginável problema: um dos mais importantes estados da União, sustentáculo da honra política nacional por diversas vezes, está submerso, com um nível de destruição absurdo. Vão ser gastos valores bilionários para a reconstrução parcial do Rio Grande do Sul.

É obrigação do Brasil reconstruir esse estado com urgência, por milhares de motivos. Porque é mais que justo, pela sua economia forte que sempre ajudou o país. Pelas seguidas lições de bravura que deram aos demais estados. Pela luta bonita do seu povo em manter acesas sua história e sua tradição, e pela cultura política exemplar de sua gente.

Eu espero que Lula, que precisa recuperar sua imagem, use sua conhecida esperteza e seu senso de oportunismo para ver que pode sair grande dessa história. Muito grande. E que, mesmo que seja de forma interesseira, faça o que o Brasil precisa fazer há muito tempo. Cortar o estado onde não ajuda de fato o povo, parar com incentivos a setores tradicionalmente ladrões, como ONGs ambientalistas e artistas da Lei Rouanet. Reduzir mordomias exageradas, navalha pesada e funda nas verbas do Legislativo e do Judiciário, e quem sabe, sonho meu, aproveitar a oportunidade para pedir desculpas aos investidores e retomar a Petrobrás para os brasileiros, para a finalidade para a qual foi criada, que nada tinha a ver com mercantilismo e lucratividade.

As condições para um ajuste em setores intocáveis caíram no colo do Lula. Vai aproveitar ou passar batido como o Bolsonaro?

Não acredito que Lula tenha essa grandeza, mas se tiver algumas atitudes em relação aos intocáveis sangradores do dinheiro dos impostos, podemos até pensar em votar pela sua reeleição.

TORCIDA PELA LINDA PELOTAS

Quando cheguei em Pelotas, para visitar minha sobrinha que hoje mora no céu, Dra. Vanessa L. Colette, o Dr. Ricardo Hartel Vieira e o meu amigo Pedro Henrique Collete Vieira, marido e filho da Vanessa, estranhei a cidade. Sabia que era antiga, não conhecia cidades assim. Histórica, arquitetura intocada, pessoas cultas, ambientes tradicionais que o tempo deixou ainda mais bonitos. Mas fiquei igual o Caetano quando viu São Paulo: “quando te olhei frente a frente, eu nada entendi. Chamei de mau gosto o que vi…”.

Poucos dias por lá, e aprendi a admirar e gostar de muita coisa. Quanto mais conhecia, mais ia batendo um baita benquerer. Muito especialmente do círculo de amigos da minha sobrinha, que num momento de tristeza não arredaram pé, apoiando e confortando a amiga.

Ricardo e Pedrinho moram num condomínio muito bacana às margens do Canal São Gonçalo, braço curto da Lagoa dos Patos, hoje na situação que vocês conhecem.

A preocupação ainda é grande com os amigos que estão lá, e fico na torcida por cada um deles. Um abraço para o Dr. Ricardo Noal, Dr. Gustavo Zerves, Dr. Emerson Ari Mendes, Sérgio Batisti, Alexandre Protas, Marcelino Gonçalves, Sergio Griep, Fabian Primo, Dr. Cláudio Stapasson Filho, Dr. Fernando Costa, e em especial para as amigas Luciene Primo, Nara Protas, Rosiane Rossato, Marli Farias, Luciana Yase, Rita Gonzáles, Saskia Boer, Meri Giep.

Que passe logo o pesadelo de vocês e que a linda Pelotas tenha o menor prejuízo possível. Estamos juntos!!!

MORO

Os leitores desta coluna já sabiam qual seria o desfecho do processo que tentava cassar o voto de mais de dois milhões de paranaenses que elegeram Sérgio Moro Senador da República. Vamos relembrar um trecho da coluna que os leitores receberam:                                                                    NO IMPACTO, DIA 09 DE MAIO:

É MUITA TERNURA II: OUTRO TIPO QUE ATÉ COMOVE COM SUA TERNURA É MINISTRO DO STF PRESSIONADO PELA OPINIÃO PÚBLICA, ATACADO NO MUNDO INTEIRO POR SUA BOÇALIDADE, PRESIDIÁRIO NA SUA MANSÃO, AMEAÇADO DE IMPEACHMENT PELO SENADO. ELE FICA UM DOCE: MANDA SOLTAR PERIGOSOS TERRORISTAS PRESOS NO 08/01, LIBERA O AJUDANTE DE ORDENS DO EX-PRESIDENTE, SOME DO NOTICIÁRIO E ATÉ COMEÇA A JULGAR COM HONESTIDADE. SÉRGIO MORO ESTÁ VIBRANDO: SURGIU UMA CHANCE. MINISTRO ACUADO NÃO TEM PEITO DE CASSAR O CAÇADOR DE CORRUPTOS, AINDA ÍDOLO DE MUITA GENTE.

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