COLUNA MANO PREISNER: CASCAVEL: UMA CIDADE SEM CONTROLE!

CFGF

A performance pessoal do prefeito Paranhos atraiu muitas lideranças para o seu grupo político. Contou desde o início do mandato com o apoio da mídia, feliz e surpresa com a generosidade da remuneração. Contou com maioria absoluta de vereadores fieis e obedientes na Câmara, distribuindo cargos e benesses fartas. Atraiu a adesão de diretores de entidades classistas patronais e dos trabalhadores, com nomeações de seus parentes. Esse apoio geral contaminou até mesmo o Judiciário, que lhe deu perdões de irregularidades que em outros municípios seriam punidas. Até o Gaeco ajudou. Disseram que trocas de materiais licitados caros por outros inferiores não traria prejuízos ao município, mesmo após devoluções de dinheiro. E tudo fica escondido da população, desde contratos de aluguel até isenções suspeitas de dívidas, de licitações com materiais diferenciados até salários inflados. Muito inflados.

Não ficam apenas na prefeitura as más gestões do dinheiro do povo. Vamos analisar juntos o que acontece na Câmara Municipal com os cargos de assessoria direta do presidente da Casa, Alécio Espínola.

Você conhece alguma empresa privada que paga mais de R$ 8.300,00 em um mês para uma telefonista? Ou que paga R$ 21.900,00 para um “controlador interno”? Ou R$ 21.200,00 para o contador?

Alguém sabe de alguma empresa bem administrada que paga R$ 22.900,00 para o chefe do almoxarifado?

Esses salários citados são pagos a uma casta de 27 assessores ligados ao presidente Alécio Espínola. Chega-se a esses valores através salários fixos, gratificações de função e outros penduricalhos criados ao longo dos últimos seis anos. Além disso, 60 assessores dos demais vereadores recebem salário alto para atender os eleitores do edil que os nomeou, fazendo campanha em tempo integral com dinheiro público. Esses salários dos 60 assessores citados são mais próximos da realidade dos mortais comuns (R$ 6.253,00).

Uma auditoria correta, sem favores, honesta, na Prefeitura e na Câmara mostraria coisas que a população não conhece. Qualquer um dos quatro candidatos à sucessão do prefeito, em caso de vitória, e o próximo presidente da Câmara, seja quem for, tem a obrigação moral de contratar empresa idônea para uma auditoria, com acompanhamento em tempo integral do Tribunal de Contas do estado.

Esta matéria será remetida ao Ministério Público,

Para avaliação.

REPÚDIO:

Cascavelenses estão reclamando das tentativas de exploração política da tragédia do avião da Voepass, dia 09. Tudo que as famílias precisam neste momento é de respeito para as despedidas das pessoas atingidas pela tragédia. Cascavel está triste, comovida, todos nós queremos abraçar os familiares, dividir com eles a dor da perda. Discursos políticos oportunistas apenas expõe um caráter nocivo e doente.

O RELÓGIO DO LULA

ESTA É DA SÉRIE MORRO E NÃO VEJO TUDO!

 Em 2005, em viagem oficial à França, Lula recebeu da fabricante de jóias de luxo Cartier um relógio em ouro branco, com diamantes e outros luxos. Claro, obvio, que era um presente personalíssimo. Quem seria idiota de dar de presente um relógio de ouro AO BRASIL? “Olha, Brasil, isso é para você por no pulso…”. Cada um dos 200 milhões de brasileiros usaria por um minuto?

Lula levou para casa, claro, meteu no pulso e desfilou faceiro com o Cartier nos últimos 19 anos. Um Piaget mais caro ele guardou na gaveta, porque na época ele frequentava muito as reuniões do partido. Um terceiro, de prata 950, que custa o olho da cara, Lula guardou no seu cofre particular, ainda mais longe dos companheirinhos. O Tribunal de Contas da União, à época, disse que Lula poderia ficar com os relógios, e Lula incorporou outros presentes recebidos, como tapeçarias, esculturas, vasos, quadros, ao patrimônio da União, porque não caberiam no tríplex. Ainda estão no Instituto Lula outros 9.000 presentes recebidos. Entre esses, uma espada cravejada de diamantes e rubis, cabo de marfim, dada pela Arábia Saudita ao Brasil, porque não seriam loucos de dar uma espada dessas para uso pessoal do Lula. Já chega o Adélio…

O RELÓGIO DO LULA II

Em 2019, quatorze anos após o Lula desfilar pelo mundo com seu Cartier de ouro (só tirou em Curitiba por alguns meses) em viagem oficial ao Catar, o então presidente Bolsonaro e comitiva foram homenageados com um jantar pelo sheik Mohammed Bin Salman. O cara achou que o pescoço da Michele ficaria mais bonito ainda com um colar de diamantes, esmeraldas, safiras e rubis, e presenteou a Primeira Dama com a joia. Para disfarçar, deu uns sete ou oito relógios para o Bolsonaro. Presentes personalíssimos: o Brasil não tem pescoço para usar colar. O Bolsonaro, que precisava pagar a parcela do crédito pessoal na Crefisa, mandou vender as joias, inclusive o colar da Michele, sob protestos desta.

No auge da pancadaria contra o Mito, o TCU decidiu que as joias eram um presente ao país, deveriam ser incorporadas ao patrimônio da União, e por pressão da Globo, determinou que as joias fossem devolvidas pelo Bolsonaro. A turma da direita, de forma desavergonhada, dedurou o caso do Lula, que também tinha os Cartier, Piaget e outros mais: que história é essa? Só no nosso? O TCU, meio humilhado, aguentou o tranco e repetiu que o Lula poderia ficar com os relógios. E aí o Morro e Não Vejo Tudo aconteceu.

O RELÓGIO DO LULA III:

Depois de usar os relógios por 19 anos, Lula disse que o TCU estava errado, e que ele, Lula, não poderia ficar com os relógios. E, pela primeira vez na história, um companheiro, sem ser flagrado pela Lava Jato, quer devolver espontaneamente alguma coisa. O TCU bate o pé: é seu, Lula!! E o Lula: é nada!! Eles deram para o Brasil!! Eu não tenho direito de usar isso!! Lei é lei!!

Bolsonaro já entrou com pedido de certidão no TCU para oficializar a posse das joias do sheik. O sheik confirma que as joias eram para enfeitar o pescoço da Michele e não o mastro da bandeira nacional. Na Betano, as apostas são de 10×1 apostando que o TCU vai afinar e mandar Lula devolver os relógios, para não beneficiar o Bolsonaro. O ministro Jorge de Oliveira já anda dizendo pelos corredores: “aqui não tem essa merda de isonomia!!”.

Alexandre de Moraes, mais preocupado em escapar do impeachment no Senado, nem pia. Só quer ficar esquecido até que passe a indignação do Congresso, que nunca dura mais de uma semana no Brasil.

HAMILTON SERIGHELLI

 Nos seus mandatos como governador, Beto Richa teve o bom senso de convidar um petista honesto, respeitado pelos movimentos sociais de esquerda, para intermediar as negociações entre o agronegócio, o governo do estado e os movimentos sociais, em especial os sem-terra comandados e manipulados pelo PT. Foi um período pacífico, praticamente sem invasões ou conflitos agrários. Findo o mandato do Beto, Hamilton voltou para Foz do Iguaçu, onde faz um programa diário nas rádios comunitárias regionais e que é acompanhado nas redes sociais pelos sem-terra, pelos indígenas e por toda a esquerda do Oeste. É a rádio do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu, que não alivia para nenhum partido, nem mesmo o PT. As deficiências do Incra e da Funai, a falta de verbas até mesmo para papel comum no Incra, o corte no leite das crianças guaranis e das cestas básicas dos acampados, tudo é mostrado pela rádio do Serighelli e da Tamara Cardoso André. A vantagem é que não são subsidiados pelo governo federal, eles pagam as contas do bolso ou com doações da comunidade. São independentes e fazem um belo trabalho em favor dos realmente humildes.

MARCELO PICOLI:

 O vereador Marcelo Picoli, nascido em Cascavel, hoje é um dos políticos de maior projeção no município de Santa Teresa do Oeste, nosso vizinho muito próximo, pouco mais de 15 quilômetros. Advogado brilhante, Marcelo tem um belo histórico de defesa das camadas mais humildes da população. Não por acaso, lidera todas as pesquisas de intenções de votos para prefeito, com folga. Marcelo é filho de amigos queridos que já nos deixaram, precocemente. Luiz, seu pai, foi vereador de vários mandatos em Cascavel, candidato a prefeito, um cara espetacular, amigo leal. A Sirlei Sordi Picoli, sua mãe, era a irmã mais velha de uma família tradicional em Cascavel, admirada por todos. Marcelo não tinha como não ser ótimo. Como dizem no Rio Grande amado, saiu iguazito ao pai.

E O REQUIÃO?

Quando todos pensavam que o Requião, do alto dos seus 83 bem vividos, com muita proteína acumulada em muitas décadas de mordomias, estava afastado em definitivo da vida pública, satisfeito com o altíssimo padrão de vida que sempre teve sem ter carteira de trabalho assinada na iniciativa privada, eis que ressurge como candidato a prefeito de Curitiba. Deve ter uma boa fonte de informações: conseguiu descobrir a existência de um partido que ninguém tinha ouvido falar, o Mobiliza, e fontes informam que teve até uma convenção, como nos outros partidos. Requião ficou velho, como todos nós ficaremos, e não se deu conta. Caso o candidato fosse o filho deputado, o Mauricio Requião, melhor que o pai, as chances seriam mínimas, mas existiriam. Difícil entender o que passa pela cabeça do ex-governador, que, com décadas de experiência política, sujeita-se a mais um fiasco eleitoral.

CALOTE:

O FC Cascavel ameaça ir à Fifa para cobrar dívida do Grêmio referente aos direitos de clube formador na venda do jogador Pepê ao futebol europeu. Após muitas recusas e protelações, foi feito no ano passado um acordo entre os clubes, e o Grêmio pagou a primeira metade do valor devido. Como muitos outros clubes, o Grêmio também passa por situação financeira delicada, e a segunda parcela não foi liquidada. Os recursos são importantes para o Cascavel, que teve atividade apenas no primeiro semestre, situação absurda, mas que mostra bem a organização do calendário do nosso saqueado futebol. Como esporte o futebol inexiste, mas como atividade econômica é cada vez mais importante. De qualquer forma, dívidas documentadas de clubes de futebol atualmente podem demorar para ser pagas, mas são garantidas pela Fifa. As punições são muito fortes, sem choro nem vela. Um dia o dinheiro chega.  

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