O médico e empresário Marcos Solano, proprietário da HOlhos Prime, clínica oftalmológica de Cascavel, na segunda-feira, 22, foi entrevistado pelo excelente Roberto Benjamin, âncora principal da CBN-Cascavel e da Rádio Colméia.
Na entrevista, entre outros assuntos, Solano fez duras críticas aos constantes atrasos de pagamentos das contas pela Secretaria de Saúde do estado, comandada, parece que agora em definitivo neste mandato, pelo deputado Beto Preto, que teve elogiada atuação no período mais agudo da pandemia, no primeiro mandato do Ratinho Jr.
Segundo Solano, muitos fornecedores estão tendo dificuldades para receber suas faturas, mesmo após as checagens, normais e necessárias, dessas faturas pela numerosa auditoria da Secretaria do Beto Preto. Solano disse não acreditar que o Governador tenha conhecimento desses atrasos, que não ajudam em nada a sua imagem de administrador.
O médico e empresário alegou, e não tem como negar-lhe ração, que fornecedor que trabalha direito, entrega os produtos conforme o combinado, tem que receber e ponto final. Segundo ele, não tem empresa que resista a atrasos nos pagamentos, que se arrastam desde outubro, sem qualquer irregularidade que justifique isso.
Na coluna da semana passada, comentei sobre o absurdo que é um governo guardar dinheiro em caixa, deixar de fazer obras, quando todos sabem que a inflação do país faz subir os preços dos produtos, leia-se das obras, de forma muito mais acentuada que os juros recebidos nas aplicações financeiras. O Paraná tinha até poucos dias mais de R$ 18 BILHÕES DE REAIS aplicados, rendendo alguma coisa em torno de TRES BILHÕES de reais a cada ano.
Se deixar de fazer obras para aplicar dinheiro eu considero errado, imagine deixar de pagar os fornecedores que executaram serviços de forma correta ao estado.
A entrevista foi finalizada com uma bela frase do Solano: “Será que o Beto Preto quer ser conhecido como o único secretário de saúde do Paraná a dar calote nos fornecedores?”
Paga a galera, Secretário!!
BANCOS, COOPERATIVAS, CREDICOOPAVEL, SICREDI, ETC…
Assuntos importantes merecem replay, então lá vai.
O brasileiro que abrir uma conta numa cooperativa de crédito, como o Sicredi, o Sicoob, que dão acesso a todos os cidadãos, ou numa das mais específicas, como a CrediCoopavel, que atende apenas aos associados da Coopavel, e trabalhar com essa conta por alguns dias, dificilmente voltará a colocar os pés nos bancos privados.
A diferença de tratamento, as taxas mais honestas, as tarifas mais decentes, a participação nos lucros da empresa financeira cooperativa, são apenas a primeira parte das vantagens.
O fato de ser atendido por seres humanos ao invés de atendimentos eletrônicos é um dos principais motivos de satisfação do cliente/sócio. Quando quer negociar taxas, ou quando quer discutir um débito que considera errado, sempre tem soluções imediatas, porque fala com pessoas.
A busca pelo lucro saudável que os bancos privados procuram no mundo todo foi desvirtuado no Brasil após o Fernando Henrique Cardoso, até hoje muito menos um político e muito mais um representante da FEBRABAN. No seu mandato o Brasil virou o paraíso mundial dos bancos, e de lá até hoje o abuso continua.
Eu tenho em mãos o demonstrativo de resultados de 2022, da CrediCoopavel. Mostra lucros saudáveis, como devem ter as empresas para continuar crescendo e atendendo seu público, que provam que é possível operar com spreads justos, tarifas justas, pagar juros justos nas aplicações, e ao mesmo tempo crescer.
A Coopavel é um show de eficiência, e a sua cooperativa de crédito acompanha essa competência toda.
Faça um favor a você mesmo, leitor: escolha uma cooperativa de crédito, abra uma conta e esqueça os bancos privados com seus atendimentos eletrônicos, suas tarifas caras e seus juros extorsivos.
CURTAS
JACARÉ: Eu ia tomar a vacina bivalente, mas a vizinha da diarista da manicure da minha mulher falou que era loucura. Ela sabia (de fonte segura!, garantiu…) que a vacina estava matando mais que a Covid. Ainda bem que ela me avisou. Eu já desconfiava que esses cientistas são todos uns trouxas.
VESTIBULAR FAG: Nos campus de Cascavel e Toledo, a FAG realiza em 17 de junho o seu primeiro vestibular 2023, para todos os cursos. Acesse o email vestibular@fag.edu.br e receba todas as informações de como ingressar na universidade que é um dos grandes orgulhos dos cascavelenses.
SEM PRESSA: Quando Millor Fernandes escreveu, no passado: “Roube ainda hoje, amanhã pode ser ilegal!”, a galera obedeceu de pronto e mandou ver, sem medo de ser feliz. Anos alegres, dormia a pátria mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações, até lá na Lei Rouanet. Em um curto espaço de tempo, e pela primeira vez na história do país, esse “status quo” foi interrompido, e alguns ricaços e poderosos foram presos e expostos ao povo, que se fazia de indignado. Com a cassação de um desses justiceiros, incomodo e inoportuno, que ousou interromper um ciclo virtuoso perfeito (nós pagávamos imposto, eles roubavam) e com a proximidade da prisão do outro audacioso, o tal de Moro, as coisas voltaram à sua rotina e os ladrões podem voltar a operar no seu ritmo normal. Nada indica que avançar nos cofres públicos vai voltar a ser ilegal, muito menos dar cadeia. Podem ir devagar, senhores gatunos, avancem com calma que a previsão indica céu de brigadeiro nos próximos anos. Pelo menos até 2043.
MOROSA, EU? O Supremo Tribunal deve encerrar esta semana, salvo algum pedido de vistas, o julgamento de ação que tramita desde 1997 na Corte, sobre a demissão de trabalhadores, sem justa causa. A ação foi proposta pela CONTAG, há 25 anos, e, caso seja vitoriosa, exige que o patrão explique ao trabalhador o motivo pelo qual está sendo demitido. Caso o trabalhador discorde, poderá recorrer à Justiça do Trabalho. A simples atitude de defender-se no Judiciário já traz ao empregador uma despesa pesada com advogados, custas, etc… Ou seja: se vencer, perde menos, mas perde sempre. Não precisa ser vidente pra saber o que a Justiça do Trabalho vai decidir na maioria dos casos.
MOROSA, EU? II: Depois da posse do Lula, o desemprego aumentou 0,9%, em relação ao último trimestre de 2022, passando para 8,8% o percentual de brasileiros sem trabalho. Num momento desses, nenhum tribunal do mundo prejudicaria mais os trabalhadores sem emprego, pois que empregador contrataria um funcionário que não pudesse demitir? Mas o julgamento vai ser no STF do Brasil, onde agora tudo pode acontecer.
FUI ATÉ ONDE PUDE: Já escrevi antes. A minha pobreza intelectual, evidente, cristalina, não vai melhorar. Chance zero. Primeiro porque sou mesmo limitado e, segundo, porque não quero aprender mais nada. Faz muito tempo que considero perda de tempo tentar aprender alguma coisa que não vou usar pra nada. Parei de ver filmes sérios, hoje fico com Kill Bill, Asterix, Rocky Balboa vencendo lutadores maus, de vez em quando uns desenhos antigos do Charlie Brown. Na televisão, quando chego em casa depois de um dia mais problemático que o normal, assisto os debates esportivos: fico ali pensando na vida enquanto três ou quatro falam ao mesmo tempo, impossível distinguir uma frase completa. É muito relaxante. Também não perco os horários políticos, melhor programa de humor do planeta.
FUI ATÉ ONDE PUDE II: Leio qualquer coisa, desde que seja porcaria. Nunca mais chego perto de um livro pseudo sério. Já tive minha dose. Li Metamorfose, do Kafka, não entendi bolhufas do viajante virando barata. Li Os Prazeres e os Dias, do Proust, pior ainda. Algumas outras asneiras desse tipo. Agora, amigos, só leio o que gosto. Acabei de ler Marimbondos de Fogo, do Sarney, inacreditável. Estou começando um que promete, sobre a trajetória do Renan Calheiros. Tem um do Marlon Brando, me indicaram, onde ele conta as agruras, o sofrimento que passou por ser bonito e rico. Vou amanhã comprar Estou Feliz que Minha Mãe Morreu, de Jeanette Mccardi, onde ela conta que sua mãe a obrigava a ir pra escola, comer comidas saudáveis, respeitar os mais velhos, etc.., e por isso vibrou quando a velha subiu. Também estou de olho no último da Rita Lee: Outra Biografia, onde ela conta que chamou seu maior tumor de Jair, e os menores de 01, 02,03 e 04. Muita ternura, muito instrutivo. Todos esses livros, porém, vão ter que esperar. Neste fim de semana, já avisei que não quero ser interrompido porque preciso terminar Janja, a Militante Que Se Tornou Primeira-Dama, sobre a mulher que, segundo os autores, pode ressignificar o que é ser uma primeira-dama. Deve ser um espetáculo. Minha maior preocupação não é com o fato de não aprender mais nada. É que, já que não vou evoluir, tenho medo de ficar ainda mais burro com essas leituras. Vou arriscar. Vocês vão avaliar o resultado pelas próximas colunas.