COLUNA MANO PRESNER: BETO RICHA ABSOLVIDO NOVAMENTE

BETO

Todo o Paraná assistiu, em 2018, ao absurdo jurídico cometido contra o Beto Richa, que foi detido pelo GAECO às vésperas da eleição para o Senado, quando todas as pesquisas mostravam que o ex-governador teria uma eleição fácil, com enorme votação. Para piorar a canalhice, foi detida também a esposa do Beto, a Fernanda Richa, que não tinha, não tem hoje e certamente não terá qualquer acusação formal. Ninguém sabe até agora do que a Fernanda foi acusada, pois não existe uma única página citando alguma irregularidade.

Beto sofreu a mais sórdida perseguição já feita contra uma pessoa, política ou não, no Paraná. De lá para cá, Beto teve vários processos julgados por juízes sérios, em várias instâncias, e está sendo absolvido em todas.

Na semana passada, a 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, através sentença do juiz Roger Vinicius Pires de Camargo Oliveira, mandou arquivar a ação de improbidade apresentada pelo MP do Paraná, contra o Beto, o Deonilson Roldo e mais onze réus. Em agosto deste ano o juiz havia pedido ao Ministério Público que apresentasse provas, o que não foi feito. Em uma sentença dura para os promotores, o juiz mandou arquivar o processo, por absoluta falta de provas, e de quebra deu um puxão de orelhas no MP.

Parece estar no fim o calvário jurídico do Beto. Já a reparação dos danos morais, políticos e financeiros causados ao Beto e à Fernanda, pela ação que visava unicamente impedir uma eleição para o Senado, continuarão por todas as suas vidas.

CAOS NO TRÂNSITO

O trânsito em Cascavel, que nunca foi dos melhores, nos últimos meses está um caos. A prefeitura, perdida, sem planejamento qualquer, decidiu interferir com profundidade no sistema, e o resultado até agora é um fiasco completo.

Uma parte da bagunça pode ser creditada à Secretaria de Obras da prefeitura, que não consegue sequer fazer recape na malha asfáltica de forma organizada e profissional. Ao invés de fazer como prefeitos anteriores, que abriam duas quadras, terminavam rapidamente e logo começavam outras duas, decidiu abrir dezenas de ruas centrais ao mesmo tempo, sem sequer a previsão de garantia de prazo de entrega do material para a conclusão, por empresas terceirizadas.

Outra parte pode ser creditada à TRANSITAR, que nunca conseguiu o básico de gerenciar o sistema, que á a sincronização dos semáforos.  

Mais grave que as falhas das secretarias (Obras e Planejamento) e da TRANSITAR: a cidade tinha vias rápidas feitas pelo Edgar, que eram os binários aplaudidos por todos, na Kennedy, na Cuiabá e, em várias outras, ligando de forma rápida a região Leste à região Oeste. Foram planejados para desobstruir o centro, aliviar a Brasil, a Paraná e a Rio Grande do Sul. Aí a TRANSITAR achou, certamente orientada pelo Paranhos, que sua administração, quando analisada futuramente por pessoas com cérebro, não poderia ficar restrita apenas às obras do BID, deixadas pela metade pelo Edgar. E se meteu, sem conhecimento técnico, a fazer vias rápidas, de mão única, transversais, cortando os binários.

Para melhor entendimento, informo que a situação, no momento, é a seguinte:

1-A Brasil com ótimo fluxo, graças ao BID;

2-Paraná e Rio Grande do Sul entupidas de veículos, em especial nos horários de pique, porque os binários estão prejudicados;

3-Os binários deixaram de funcionar, porque são cortados pelas transversais que estão sendo feitas de forma lenta;

4-O centro caótico, porque as áreas de recape foram iniciadas, sem o material da conclusão, que só vai chegar em fevereiro;

5-O comércio enlouquecido, prejudicado na época natalina, exceto o da Brasil, que não precisa de ajuda porque é mais forte;

6-O povo iludido pela baderna e pela incompetência, achando que é um grande volume de obras;

7-Cruzamentos como o da Avenida das Torres e da Brasil com a Tito Muffato, de acesso ao recém construído Contorno Oeste, sendo palco de acidentes diários, pela absoluta falta de sinalização.

8-A indústria de multas, que arrecada quase dois milhões de reais a cada trinta dias, funcionando a todo vapor e garantindo sobras de recursos, que, mal aplicados, não colaboram em nada com o sistema de transito da cidade.

DEPUTADO NELSINHO PADOVANI

A família Preisner agradece ao deputado federal Nelsinho Padovani pelo registro feito na sessão da Câmara Federal do dia 14 de novembro, do aniversário de 100 anos da matriarca Aurora Preisner, Dona Nena, nossa querida mãe, que segue firme e forte sua trajetória, abençoada por Deus e bonita por natureza.

Já fiz nota, anteriormente, opinando que o Nelsinho é uma das melhores surpresas da política cascavelense. Filho da Dirlei e do Nelson, empresários de sucesso, ele deputado federal por dois mandatos, era esperado que apresentasse um bom desempenho, mas Brasília não é um lugar onde o político chega e vai se impondo. Lá a coisa é mais embaixo. Certamente orientado pelo pai, que lhe deu uma parte do mapa, Nelsinho descobriu rapidamente muitos atalhos, e seu desempenho nesse início de mandato é para lá de animador.

Obrigado pelo registro, caro Nelsinho, parabéns pela atuação.

CASCAVEL E A ARGENTINA

A tragédia econômica argentina, que deixou quatro em cada dez pessoas abaixo da linha de pobreza, não aconteceu em um único mandato. Foram sucessivos governos que seguiram a mesma linha, compromissados com os mesmos grupos econômicos, com a mesma política errada executada por funcionários públicos corruptos que acabaram sangrando o país, um dos mais evoluídos da América do Sul, anteriormente.

A Argentina é um belíssimo país, que infelizmente caiu nas mãos de um grupo político ordinário, e, pior que isso, incompetente. O resultado da ação desses despreparados teve o fim esperado e normal: foram desalojados do poder pelo povo, que preferiu um Javier Milei que é uma incógnita gigantesca.

Faz tempo que não vou a Buenos Aires, lugar que é um dos que mais gosto no mundo. Tenho certeza que vou ficar triste quando for, pelos relatos de amigos meus que voltaram recentemente. Mas diante do que esse grupo político fez com um país tão especial, dá até raiva de pensar que pretendiam continuar a estraçalhar a população, sendo sua candidatura até uma ofensa aos argentinos decentes.

A má gestão do dinheiro público, quando acontece em um município, ao invés de um país, tem consequências menos dramáticas para a população. O Estado e a União, quando um município quebra, suprem as suas necessidades, e o prejuízo para a população mais pobre demora muito mais a aparecer. Mas ele vem, e é cruel, como já começou a acontecer em Cascavel.

Os próximos prefeitos terão, obrigatoriamente, de corrigir os erros da má gestão econômica do Paranhos, que tenta desesperadamente vender o patrimônio do povo para tapar um pedaço do buraco nas contas. Cascavel não corre nenhum risco de pobreza como a Argentina, onde 40% dos habitantes tem dificuldades para comer. Mas quem conhece os bastidores da nossa cidade, quem depende de determinados serviços que antes eram oferecidos pelo município, de forma aceitável, sabe muito bem do que estou falando.

O voto é uma arma poderosa. Quando bem usado, pode melhorar muito a vida das pessoas, em especial daqueles menos favorecidos, que dependem mais do poder público. Quando é depositado em pessoas sem preparo, e aí a Argentina dos últimos 20 anos, e a Cascavel dos últimos sete, são iguais, o resultado é ruim e afeta o desenvolvimento por muitos anos após o mau gestor deixar o cargo.

A Argentina preferiu arriscar em Milei, que faz o gênero “meio doido”. Pode melhorar o país ou não. Aqui, já estou cansado de escrever, a perspectiva é muito boa em termos de melhora na gestão: dos quatro nomes citados como tendo chances de vitória, Edgar, Renato, Pacheco e Gugu, todos são melhores que o Paranhos, que vai entregar uma prefeitura quebrada e sem projetos para o futuro.

GLEISI ABSOLVIDA NO STF

Fiquei feliz com a decisão final do Supremo acabando com um processo contra a deputada Gleisi Hoffmann, que recebeu uma doação para sua campanha, declarou de acordo com a legislação e foi acusada de forma estranha pela Procuradoria Geral da República, em 2017, de “receber propina”.

Por unanimidade, com voto inclusive dos dois ministros nomeados por Jair Bolsonaro, o STF rejeitou a acusação, mandando arquivar o processo. Gleisi é detestada pela direita brasileira, pela sua história. Ao contrário de muitos outros lulistas, inclusive de filiados do PT, Gleisi foi uma defensora incansável do atual presidente nos seus piores momentos. Deu exemplo de lealdade e firmeza. Já escrevi várias vezes: eu tinha informações de amigos confiáveis, inclusive do Luiz Fernando Pereira, sobre a lisura da Gleisi. A rejeição das denúncias confirmou isso.

A MORTE DO CLERISTON NA PAPUDA
Um dos manifestantes presos na invasão do Senado em 08 de janeiro, Cleriston Pereira da Cunha, morreu esta semana na prisão da Papuda. Cleriston tinha diabetes e hipertensão, precisava de acompanhamento médico constante, e tinha um pedido de providências urgentes aguardando uma decisão do Ministro Alexandre de Moraes. Essa decisão ficou na gaveta, e o “golpista perigoso, que queria acabar com a democracia no Brasil”, segundo o Moraes, morreu sem o atendimento médico que precisava. Vai ficar assim mesmo: o cara era pobre, não tinha filiação em partido simpático ao pessoal do STF. Democratas de todo o país parabenizam o Moraes pela neutralização de mais essa grave ameaça ao nosso Brasil.   

CURTAS

JORGE GUIRADO: Meu estimado Jorge Guirado me chama a atenção para a generalização que faço nesta coluna sobre a adesão em massa da mídia cascavelense à gestão do prefeito Leonaldo Paranhos, que, em função da milionária distribuição de dinheiro do povo aos veículos de comunicação, raramente recebe uma crítica, tendo a cobertura maximizada de todas as suas ações. Jorge tem razão: a CATV tem feito uma cobertura muito mais imparcial que os veículos que venderam sua opinião, fazendo reparos à prefeitura sempre que acham que alguma coisa está errada.

JORGE GUIRADO II: Para fazer justiça, devo dizer que não é apenas a CATV que faz jornalismo imparcial. Paulo Martins na Tarobá, Duka Siliprandi nas suas rádios, também fazem jornalismo isento, sem puxação de saco em troca de dinheiro público. Certamente existem outros, mas não tenho como acompanhar todos.

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