COLUNA OGIER BUCH: QUEM ESTÁ POR TRÁS DA ESTRATÉGIA?

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O assunto era a Anistia! Havia diferentes opiniões no que tangia a extensão, e a aplicação e não raras vezes a discussão passava pela legalidade e até mesmo ocorria comparação entre anistiados em vezes outras que o instituto legal foi aplicado em terras pátrias!

Pois de repente, não mais que de repente o assunto sumiu das manchetes e por ocasião do sumiço, já houvera se tornado um chiste, inobstante sua relevância, em especial pelos que tiverem e tantos que ainda tem suas vidas destroçadas pela máquina de desconstrução do direito de cada um dos brasileiros, máquina esta nominada STF!

A HABILIDADE

Não sei quem instruiu aquele “petit marginal” que foi eleito Presidente da Câmara Federal, mas que foi perfeitamente instruído, sem embargo, foi! Ao chamar para a instrumentalização da medida “Paulinho Tout Force, o Conde Drácula e o Queijo em pó”, desmontou a expectativa de aplicação de mediadas suasórias para vítimas do estado de força.

E está claro que eles morrem de medo de uma candidatura de Jair Messias. E tem integral razão de sentir medo, enxovalharam o DIREITO, transformaram o Supremo, outrora respeitadíssimo em valhacouto de Habeas Corpus de narcotraficantes, mais de 600, só em 2024!

O Poder Legislativo em casa de negocistas de emendas Pix e outras novidades que desde logo deslegitimam a finalidade e transformam legisladores em mascates!

Ah, diria Dona Uda, dona daquela famosa casa de tolerância dos anos 60 – modernizada pela atuação de Dona Mirley, com lista em celular –, mas a Presidência está salvaguardada! Afinal o ancião tem a protegê-lo uma cuidadora que se coloca acima de qualquer suspeita e mais, tem o nosso aval! Pois é!

Estabelecido o quadro com breve descrição de atores, alguém ainda acredita em Anistia?

ATÉ QUANDO O BRASILEIRO TERÁ PACIÊNCIA?

Todas as notícias remetem para um Estado inepto e ladravaz! E neste aspecto, convenhamos trata-se do ente Estado, o que por certo traz a inclusão dos três poderes nesta conjuntura de ineficiência, ineficácia e imoralidade!

As notícias da semana remetem a absoluta impossibilidade da Comissão Parlamentar que investiga a imensa patifaria que é o roubo do parco dinheiro das aposentadorias, de avançar minimamente no sentido de cumprir seu trabalho. E não avança porque um Ministro do Supremo, André, este, nomeado pasmem ou não, por Bolsonaro, impede este avanço blindando os apontados pela CPMI!

E a pantomima de Lulle em relação aos ataques de Trump, rendeu-lhe um acréscimo de popularidade, acreditem em vocês, ou não.

E para seu imenso descredito leitor o Relator das Denúncias de Tagliaferro contra Alexandre de Morais é por obvio, Alexandre de Morais!

Ora se você acredita que em 2026 teremos, nós povo, alguma chance de participar de um pleito eleitoral com um mínimo de seriedade e vínculo com a realidade você acredita em Papai Noel!

O que mais me assusta é que tenho netos! E que sou responsável pela minha prole, e mais pelo Brasil que vamos entregar a eles! Confesso que me sinto muito frustrado!

De alguma forma, minha pequenez e falta de coragem ajudou a construir o Brasil dos dias de hoje!

Um País que foi cantado em prosa e verso como o País do futuro. Pois bem neste País onde o futuro é para já, encontramos 90 milhões de CPFs beneficiados por algum tipo de Bolsa Lulle, vinte e seis por cento dele dominado pelo crime organizado e outros tantos segmentos que sobrevivem na dependência direta ou indireta do setor produtivo.

Sempre ouvi e nisto acreditei que a Universidade seria o farol do saber, e que mercê de seu objetivo precípuo, ensino e pesquisa seria a chave para a inclusão com crescimento econômico exponencial.

Ocorre que Lulle e sua escumalha também sabiam disto, e desde logo transformaram as Universidades nisto que aí está, seja por exemplo USP ou UFPR!

Existe saída? Claro que sim, mas por certo havida da sociedade civil, porque dos três poderes nada, mas nada mesmo podemos esperar!

E O LULLE CRESCE NA PESQUISA

Pois é. Algo que é absolutamente conflitante, mas que tem explicação: quando me refiro ao brasileiro que terá paciência, por óbvio me refiro ao trabalhador, ao setor produtivo do país, àqueles nacionais que frequentam o mercado de trabalho, obedecem ao horário, e produzem além de, obviamente, recolher impostos na forma da lei.

Todavia, não é possível olvidar os ditos 90 milhões “em ação”, porquanto esses, ação precípua que têm, é de receber os ditos auxílio-bolsa, que comprometem a produtividade nacional e, mais do que isso, comprometem sua capacidade de livre escolha, a saber, portanto, compõe o que se vulgarmente chama “voto de cabresto”.

Exatamente em função dos votos de cabresto e de parcela da população que tem o seu entendimento embasado na sua opção ideológica, é que Lulle tem este acréscimo de intenções de voto nesta etapa, porquanto o seu discurso nacionalista e acintes até então oferecidos contra o Homem Laranja da Norte América, satisfazem a comunicação com este mencionado público.

Por certo, tal circunstância tem muito mais efeito para o público já domesticado, e certamente não tem efeito permanente, porquanto o discurso de Lulle é biruta de aeroporto.

Não imagino como alguém que é pertencente a este público, que aceita a mensagem sempre homofóbica e ignara de Lulle, pode receber a nomeação da esposa dele como o Presidente da República. E aqui, uma observação que é muito mais popularesca do que costumo ser nos meus comentários: mas é bem típico do sujeito que se faz de leão fora de casa e com todas as mulheres, na prática e no recôndito de seu lar, ser um capacho como sói ser Luís Inácio Lula da Silva.

Isso nos faz pensar: como Janjé de Paris tem, desde logo mostrado interesse na indicação do Supremo, a pergunta é sobre quem é realmente favorito para a vaga, pois Gilmagro quer o Aspargo de Minas, Pacheco; Lulle quer Bessias; mas a incógnita é quem Janjé vai escolher.

E O FUTURO DE RATINHO JR.?

Quero esclarecer que o que aqui escrevo é um sentimento absolutamente pessoal, e que a construção decorre da minha longa experiência.

Dito isso, entendo que o caminho que se oferece ao jovem político é o de efetivamente participar da corrida presidencial, e desde logo afirmo que essa decisão independe do que pensa o cacique do PSD, o senhor Kassab. Tenho convicção de que a candidatura de Ratinho Jr, seja ela pela sigla que for, será altamente competitiva, e será fatalmente encorpada por vários segmentos relevantes da nação brasileira.

Desde logo, imagino siglas que receberiam o Governador do Paraná de portais abertos, e cito desde logo Republicanos, Podemos, e o próprio PL, imediatamente após a posição definitiva em relação a Jair Bolsonaro.

A candidatura do Governador do Paraná, uma vez oficializada, precisa de uma construção competente no que tange a escolha de um candidato a Vice-Presidente, que tenha consonância com a proposta de modernizar a representatividade na República. Despiciente ser uma opinião científica, para concluir, que uma mulher – de preferência, de Minas para cima – cairia a filipeta para a construção da chapa. Óbvio que trato aqui hipoteticamente da construção ideal, e apesar disso, não tenho nenhuma preocupação de afirmar que tal construção transformaria Ratinho Jr. em candidato extremamente viável.

Todavia, acho pertinente fazer uma consideração no que tange a um possível insucesso eleitoral: pois bem, isto aconteceria com o candidato tendo 45 anos de idade. Aqui, faço breve volta à trajetória de Junior. Em 2012, portanto ele tinha 32 anos quando teve o único insucesso eleitoral em sua trajetória. Ocorre que tal percalço serviu para sedimentar seu espírito de combate e preparou para a vitória de dois mandatos para o Governo do Paraná.

Creio, portanto, relevante lembrar que qualquer insucesso no pleito de 2026 representaria um grande sucesso, pois prepararia – e de forma extremamente consistente – sua caminhada para 2030.

Existe situação na vida em que a base da decisão passa pelo famoso “teorema de Kalecki”, que remete à teoria do ganha-ganha. Ora, ainda que derrotado fosse, Carlos Massa sairia extremamente fortalecido, porque teria definitivamente plantado sua bandeira em território nacional. Lembro que a campanha presidencial é uma oportunidade imperdível para alguém que teve – e continua tendo – uma administração com a qualidade e competência reconhecida pelo povo paranaense, possa divulgar seu resultado em nível nacional e com a intensidade de divulgação que só uma campanha presidencial tenha.

É óbvio, portanto, que Ratinho Jr só tem a ganhar, sendo candidato a Presidente em 2026, seja porque é efetivamente um candidato extremamente viável, seja porque uma derrota eleitoral, como demonstrei, será ao longo do tempo transformada em inequívoca vitória. Ah! Finalizando: lembro por oportuno, Lulle que aí está e que concorre novamente em 26, de fato ganhou 3, mas é pertinente lembrar que perdeu 3 antes de ganhar a primeira…!

E O PARANÁ?

Muita gente imagina que o cenário eleitoral do Paraná já está consolidado, e que as candidaturas passam pelo que já está divulgado. Uma breve visita ao passado demonstra que não é bem assim, e que muita coisa poderá evidentemente mudar, porquanto o cenário ainda não está definido. E só considero que estará depois que Ratinho Jr. definir a sua trajetória. Muita gente entende que Ratinho Jr elegerá o seu sucessor sendo ou não candidato a Presidente; entendo que tal afirmação é dotada de razoabilidade, mas enfatizo que se for candidato a Presidente, elegerá seu sucessor sem nenhum esforço.

Permanecendo no governo até o final, também poderá ter sucesso, mas atrairá a disputa muito mais consistentemente para o polo regional, o que exigirá muito maior esforço na defesa do seu, até então inegável, bom governo. O fato é que conjugando as afirmações dos dois comentários, o bom senso remete, por incrível que possa parecer à disputa presidencial. O fato é que aqui não estou tratando tão somente do resultado eleitoral propriamente dito, estou tratando de legado. E, sem dúvida, neste momento, apesar da pouca idade do senhor Carlos Roberto Massa Junior, é inegável reconhecer que ele deixa um legado político e detém uma inegável liderança política.

ORAÇÃO DE OGIER BUCHI:

Senhor ilumine a cabeça do bêbado! Amém.

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