COLUNA OGIER BUCHI:A ELEIÇÃO DE 2026 – VERRI

CFGF

Ouvi do grande especialista político Ricardo Barros que quem é do ramo trabalha na eleição presente, objetivando na realidade a eleição futura. Depreende-se disso que os grandes players estruturam e apoiam seus candidatos nos Municípios, visando seu fortalecimento em pretensões estaduais e federais.

Tenho observado com atenção os movimentos do presidente da Itaipu Binacional, o senhor Enio Verri, e devo dizer que respeito a estratégia do economista professor e político que a partir de Maringá, construiu uma sólida carreira que tem por óbvio, como ápice, a posição ora ocupada. Mas devo frisar que foi um importante planejador do Estado do Paraná enquanto secretário, posição que ocupou durante o período de governo Requião.

Sigo com atenção a história deste político, e me chama a atenção a sua capacidade de ser fiel ao seu partido sem que isto se interponha no equilíbrio de suas propostas. Com efeito, deputado estadual e deputado federal jamais se deixou levar pelo discurso pirotécnico e sempre se manteve fiel às suas propostas de planejador orçamentário, visto que seu melhor desempenho sempre esteve relacionado à construção orçamentária.

Sempre brinquei com o deputado, nominando-o “boneco de posto” face ao fato de ser magro e muito alto. Todavia, sempre recebi dele tratamento equilibrado e respeitoso. Na verdade, sou um profundo (ou me esforço para sê-lo) conhecedor dos personagens políticos de meu estado, e realmente admiro aqueles que são fiéis às suas convicções. Lembro que fidelidade à convicção não deve e não pode conduzir os homens à estultice de seguir cegamente os ídolos e ou os líderes de ocasião.

Enfatizo esta situação porque Verri nunca foi tutelado, seja por Requião ou pelo vetusto Lulle da Silva. Dito isto, lembro que os dois mais proeminentes candidatos ao Governo do Estado em 2026 constam na pesquisa, mas não a lideram. Refiro-me, por óbvio, ao virtual opositor de Verri, que vaticino será Alexandre Curi.

Desde logo, sintetizo e corro o risco de menoscabar a pesquisa que dá liderança ao Senador egresso do Judiciário, porque minha longa experiência ampara e justifica o vaticínio. Sei que se formula uma hipótese com esta vertente de linha alternativa, que uniria os líderes de PP e do União. Por óbvio, isto pode até mesmo acontecer, e daí surgir uma eventual candidatura forte ao Senado.

Ocorre que tal circunstância depende dos resultados desta eleição de 2024, e o citado no início do comentário, enfatiza a importância da eleição atual. Por esta razão, o economista planejador Verri já de há muito tem projetos em andamento em todos, eu escrevi todos os 399 municípios do Paraná, a fundo perdido e em andamento.

Se alguém duvida que este é um sólido projeto político eleitoral em desenvolvimento, não passa de um beócio.

               ELEIÇÃO DE 2026 – ALEXANDRE CURI

No tópico acima, escrevi que acredito na polarização Verri e Alexandre; e entendo que o suporte para a manifestação está amparado na solidez dos projetos de um e outro. Vejamos: Alexandre já é o deputado municipalista com maior e indiscutível sucesso. Construiu uma sólida assunção à Presidência da Assembleia; tem a experiência de vários bem-sucedidos; e conhece como poucos como funciona a divisão tripartite de poder em nosso estado, visto que tem trânsito com os outros dois poderes “de porta aberta”.

A sua administração na Presidência da Assembleia Legislativa, que inicia em 2025, certamente consolidará em muito a sua já tão elogiada relação com os municípios. Inobstante possa haver eventual disputa deste lado, não tenho dúvida que uma cadeira do Senado acomodará outros eventuais pretendentes.

O ditado que fala sobre a razão que vem do tempo me ocorre porque tenho acompanhado muito de perto o que se faz hoje na Assembleia em favor do desenvolvimento do Estado do Paraná. É preciso dar valor às devoluções significativas que a administração Ademar Traiano tem feito ao longo do tempo, e muito mais do que isso, ao processo de interiorização da Assembleia.

Ora, se alguém tem ido tão bem no Legislativo, imagine de qual monta será seu progresso na condição de Presidente da Casa. Não escapa, por certo, de minha análise dos dois nomes citados, mudança do quadro nacional com eventual impeachment do atual Presidente, e/ou dificuldades que possam vir a ser na administração estadual.

Todavia, esta análise decorre da leitura do quadro neste momento. A expressão não é minha, mas ouso repeti-la: “quem viver, verá”.

JOÃO BATISTA DE MORAIS

Então o Verdevaldo resolveu iniciar o jogo com nada modestos seis gigabytes. Não é novidade para ninguém a forma como o americano joga xadrez, porquanto fê-lo com a mesma técnica quando atacou a Lava Jato. Em verdade, sua metodologia é de aplicar o veneno em doses parcimoniosas e sucessivas.

Confesso que velho como sou, encontro dificuldade em entender a linguagem da moderna tecnologia. Por isso, socorrido por um expert, descobri que os tais gigabytes, se traduzidos em páginas A4, atingem o nada modesto número de 80.000!

Cumpre destacar que os irmãos Frias, de larga experiência, e com um quadro jurídico de nomeada jamais publicariam o que trouxeram a lume sem ter pesado – e muito – consequências e, sobretudo, uma análise do sequencial que dará sustentação ao enfrentamento das consequências da intrepidez jornalística.

No meu modesto entender, já tivemos instituições muito fortes, e a OAB esteve entre elas. Mas, até mesmo a tibieza da organização foi rompida e a direção solicitou de forma expressa ao Supremo a justificativa para as comprovadas agressões ao Estado Democrático de Direito, por parte de João Batista de Morais.

Ora, eu já vi este filme, e ele começa com os diretamente envolvidos, os companheiros da atividade inquinada como delituosa, saindo desde logo em exacerbada defesa. Cabe citar Lulle, Gleisi, Barrose, Gilmar e Dino como figurantes e porta vozes da primeira linha de defesa.

O simples exercício de observar o nível vocabular das defesas de Gleisi e de Barrose nos permite, de imediato, concluir que a tendência a estes que se colocam como membros da infantaria de João Batista de Morais como as primeiras perdas de linha de frente.

Quando houver – e haverá – a segunda linha de ataque, ficará claro que a cabeça será entregue para que se busque uma normalidade e equitatividade entre os poderes. Não tenho dúvida disto!

Me valho de um exemplo, porque nenhum dono de boiada fica feliz em entregar um guzerá para o abate das piranhas na travessia de um rio; mas para salvaguardar o todo, não tem pudor de formalizar o sacrifício.

Não imagino que haja grandeza nas instituições cujos representantes foram os defensores de primeira hora, porque nessas circunstâncias, o velho ditado popular é regurgitado: “pirão pouco, o meu primeiro”; e nenhum dos defensores, quando a cobra efetivamente fumar, vai pôr o seu próprio couro em risco. Os seus históricos provam e demonstram que características que não lhes pertencem são: solidariedade e sororidade.

Resumo de todo o comentário: João Batista de Morais não sobreviverá!

OS CANALHAS

Sei, até por experiência própria, os canalhas unidos produzem a condenação de alguém que não tem envolvimento direto, mas que é sacrificado para que os canalhas sobrevivam. A tese esdrúxula de que é possível tão somente culpar os juízes auxiliares de João Batista de Morais e, ao invés de efetivamente punir os cabeças da agressão ao Direito, deve ser espancada em princípio, e a sociedade não pode, em hipótese nenhuma, que a súcia se livre de sua responsabilidade efetiva e real, unindo aqueles que obedeceram a ordens, cumprindo a hierarquia funcional.

É inimaginável que auxiliares de Morais sejam punidos por atos do destrambelhado déspota.

ABREM-SE AS CORTINAS DO ESPETÁCULO

Neste festival de semana, começa o período de transformação de mundo real em mundo de Alice. Os políticos proporão, nos 399 municípios deste estado, transformá-los em cenários hollywoodianos, eliminar as disparidades e proporcionar ao cidadão a melhor educação; iluminação; transporte; segurança; parques e praças; limpeza pública, enfim, tudo o que não foi possível aos seus antecessores, ainda que o antecessor seja o próprio.

Cabe ao eleitor a responsabilidade de escolher o gestor público que sustente o discurso que mais o aproxime da realidade. Por certo, a nossa experiência não é benfazeja à dita escolha, e a maior prova disto é que o Presidente da República é Lulle.

Ainda assim, o processo civilizatório de um povo deve passar pelo amadurecimento, e faz parte deste amadurecer escolher representantes que estejam, senão à altura, pelo menos, próximos da expectativa de cada um. Rezemos, pois.

ESPORTIVA

Que o Brasil está muito longe de ser como já foi o país do futebol, não é novidade para ninguém. Mas, convenhamos: o Athletico está longe de representar o amor que sua torcida lhe dedica. O Coritiba, é ofendido publicamente pelo publicitário boca aberta Justus das Loiras; e o Ferroviário, vulgo Paraná, comemora o fato de voltar ao Campeonato Paranaense, numa sombria e abandonada Vila Capanema.

Que saudade do futebol forte do meu estado…

ORAÇÃO DE OGIER BUCHI: Senhor, vai demorar muito para chamar o Lulle e o Xandão?

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