Com 82 ações judiciais nas costas, Mac Donald se assanha com nova candidatura em Foz do Iguaçu

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Foz do Iguaçu pode ter, novamente, que votar por duas vezes para prefeito. Tudo por conta da vontade do ex-prefeito Paulo Mac Donald Ghisi (Pode). Respondendo a 82 ações na Justiça (41 ações penais e 41 ações de improbidade administrativa), Mac Donald pode repetir 2016 quando o TSE(Tribunal Superior Eleitoral) anulou o resultado do pleito de outubro e convocou uma nova eleição para abril de 2017, vencida pelo servidor municipal, Chico Brasileiro (PSD).

Teimoso (alguns diriam, resiliente), o ex-prefeito costuma exibir uma revisão criminal do Tribunal de Justiça do Paraná de uma ação transitado em julgado pelo Superior Tribunal de Justiça. Os juristas já avisaram Mac Donald  que uma instância inferior não pode revisar uma decisão do STJ.

Mac Donald, penalizado pela  Lei de Responsabilidade Fiscal e pela Lei da Ficha Limpa, faz ouvidos moucos, apesar de estar inelegível pelo prazo de oito anos e o STF (Supremo Tribunal Federal) ter rejeitado suas contas, após diversas apelações.

O próprio entorno de Mac Donald tenta blindá-lo perante à opinião e não comenta de outras seis condenações, às quais também o afastam da disputa de 15 de novembro. A bala de prata, como argumentam, mais parece um tiro de chumbinho dse uma espingardinha de moleque. 

Inelegível – Só para lembrar de uma das condenações, Mac Donald foi acusado pelo Ministério Público de ter praticado ato de improbidade administrativa por ter assumido diversas despesas nos meses finais de sua gestão, em 2012, “agindo com a intenção deliberada de violar a Lei de Responsabilidade Fiscal, com a finalidade de inviabilizar a gestão seguinte, contraindo obrigações além da capacidade de pagamento do orçamento municipal”.

Na ação, o MP sustenta que o ex-prefeito abriu procedimentos licitatórios em período que não poderiam ter sido deflagrados, o que culminou com a geração de despesas que não foram pagas porque não havia disponibilidade no caixa do Município. Assim, a prefeitura de Foz do Iguaçu assumiu dívidas da ordem de R$ 40 milhões, sem fonte de custeio, nos dois últimos quadrimestres de 2012.

Como Mac Donald está enrolado nas ações (no bico do corvo, diria alguns), o TSE não deve deixar a reprise desse filme em Foz do Iguaçu.

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