Curitiba termina este ano de 2016 devendo mais de R$ 1 bilhão aos
fornecedores e prestadores de serviços. O alerta nesta terça-feira, 19, foi
do vereador Jorge Bernardi (Rede). Bernardi disse que prefeito Gustavo
Fruet (PDT) “levou Curitiba para o Seproc do municípios”. E mostrou que,
desde o final de 2014, a capital está sem a certidão liberatória do
Tribunal de Contas em função de dívidas não pagas. Isto cria uma série de
restrições orçamentárias à Prefeitura, como o impedimento de obtenção de
dinheiro para obras na cidade.
As razões que levaram a prefeitura ao vermelho, segundo Bernardi, estão
relacionadas à falta de ação do prefeito. “Se o prefeito Gustavo Fruet
auditasse o contrato provisório da coleta de lixo, do aluguel de carros e
no ICI, poderia ter economizado um bilhão de reais ao longo da gestão, que
é justamente a dívida que a cidade tem hoje”, destacou.
Além de não fazer o que tinha que ser feito, Fruet, segundo destacou o
vereador, ainda inchou a folha de pagamentos do município com contratações
em excesso de funcionários comissionados. “Só na Secretaria de Governo há
307 nomeações”. “Esta gastança explica o porquê de o prefeito não ter
conseguido entregar nenhuma obra relevante para a cidade”, disse
Bernardi. Ele também citou que para tocar obras necessárias e previstas há
muito, como a Linha Verde Norte e o roteiro do ônibus Inter 2, a Prefeitura
está se endividando ainda mais.
O prefeito aguarda a liberação de R$ 102 milhões pelo Banco do Brasil para
tocar estas obras.Ou seja: mesmo levando Curitiba para o Seproc do
municípios, o prefeito Gustavo Fruet ainda está aumentando a dívida da
cidade.
28ª posição no ranking
Curitiba está na 28ª posição no ranking do Tribunal de Contas do Paraná que
mede a eficácia na gestão da educação. Os dados são relativos ao ano de
2014 e são relacionados ao ensino fundamental. Das seis maiores cidades do
Estado, apenas Maringá integra a lista das 10 melhores administrações na
educação. A cidade está na décima posição. Cascavel aparece em 83ª, Ponta
Grossa em 93ª, Londrina em 94ª e Foz do Iguaçu está na posição de número
118ª. Nesses seis municípios estão mais de 33% da população do Paraná. As
informações são da BandNewsFM.
Curitiba e Londrina, as duas cidades mais populosas do Paraná, também
ficaram abaixo da média estadual em outro indicador: a eficiência da
despesa municipal em educação. Já uma auditoria realizada pelo Tribunal de
Contas, em 2015, mostrou que os municípios têm dificuldades para cumprir a
meta da universalização da pré-escola a partir dos quatro anos. Entre as
falhas estão falta de informações para o correto planejamento de vagas,
falta de professores e de instalações inadequadas para receber as crianças
nessa faixa etária.
Os cinco primeiros colocados no ranking do TCE são Bom Jesus do Sul,
Ourizona, Chopinzinho, Realeza e São Jorge do Patrocínio. Foram avaliados
itens como adequação idade-série, qualidade do ensino, estrutura das
escolas e formação dos professores.