COPEL TELECOM E A COBIÇA DE COMPRADORES PARA O LEILÃO

Picture2

Uns dizem que vão entregar de bandeja.

Outros dizem que vão entregar de mão beijada.

Na verdade, o patrimônio chamado Copel Telecom, que já motivou tantas discussões desde que passou a ser cobiçada para um polêmico leilão a realizar-se daqui um mês e meio, mais ou menos, volta a ser discutido nos bastidores.

Inclusive em relação aos participantes e até quem intermediou este atrativo negócio não apenas para quem comprar, mas para quem vendeu o mesmo como motivo de cobiça por sem tratar de “um pedaço da costela da Copel”, como disse alguém ao se referir a este senhor negócio.

Uma venda que integra o trio mais importante da atualidade brasileira, composto por água, energia e internet, considerados produtos de necessidade básica do Brasil e do mundo.

Com a fibra ótica transformada no segredo inventado em 1870 por um britânico, mais tarde aperfeiçoada por um indiano em 1952, e chegando a 1955 quando foi patenteada, sendo o primeiro cabo plantado no Brasil em 1977, ficou claro que o mundo estava se transformando numa aldeia global.

E a Copel Telecom entrou na vida dos paranaenses desde a década de 70, por conta da necessidade de comunicação entre as usinas e seus departamentos, e consolidou-se a partir de 2001, chegando em 2016 a ser considerada a internet mais rápida do Brasil.

Desde então a cobiça se inseria na cabeça de homens públicos, entendendo que a Copel deveria cuidar apenas de energia e deixar as comunicações para o setor privado, usando dinheiro de sua venda para investir em suas usinas e outras áreas.

Com um preço mínimo de até R$ 1,4 bilhões está sendo vista como um pacote de presente que certamente vai caminhar para se transformar no carro chefe de quem adquirir o patrimônio, ampliando-o para um dos melhores negócios, para quem comprou, é claro.

Publicação feita na imprensa quando da tentativa de impedir este leilão, contou detalhes do senhor negócio em andamento;

“A Copel é a queridinha dos paranaenses e do mercado financeiro. Maior empresa do Paraná e a que mais contribui com o ICMS do estado, participando com 13,97% de todo o imposto em 2018, ela tem batido recordes de lucro. No terceiro trimestre de 2019, “o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização atingiu R$ 1,2 bilhão, 40,5% maior que os R$ 855,5 milhões registrados no terceiro trimestre de 2018”, segundo comunicado da empresa.

Mesmo com números expressivos, o governo de Ratinho Junior está “desmontando a Copel”, segundo o deputado estadual Tadeu Veneri (PT). Ele fez um pronunciamento na Assembleia Legislativa em que criticou a privatização da Copel Telecom”.

E ainda mais se falou a respeito mostrando detalhes em relação a este patrimônio que vai sendo entregue na bandeja ou de mão beijada pelo governo paranaense, segundo os críticos da presente situação.

“A Copel Telecom está no radar de privatização. No começo do ano, uma ação popular conseguiu travar o processo de contratação de um banco. Mas o STJ cassou a liminar. A empresa, por escolha do governo, teve EBITDA negativo de R$ 87,5 milhões no terceiro trimestre. Por outro lado, “excetuando esse efeito, o EBITDA ajustado da Copel Telecom teria apresentado crescimento de 11,6% em relação ao 3T18, em virtude, especialmente da redução dos custos com pessoal”, diz o comunicado da empresa que possui uma “rede de transmissão de altíssima capacidade e uma rede de acesso óptico de atendimento aos clientes”.

Uma empresa que fazia os paranaenses acreditar no seu futuro, com farta propaganda de vantagens que poderiam advir com a contratação de seus serviços, animou muita gente que nem de longe poderia imaginar que dali a pouco tempo estaria com um pé na frente e outro atrás ao saber que estavam vendendo a Copel Telecom, situação que pode comprometer politicamente o atual governador, envolvendo-o numa situação parecida com aquelas que enfrentou Jaime Lerner.

Aliás, não foi por falta de manifestação contra, que tentaram evitar esse senhor negócio e chegar a presente situação. Quando dizem que nem a Assembleia pode mais impedir e, ao que parece, tampouco o Tribunal de Contas ou o Ministério Público.

Compartilhe

plugins premium WordPress