Para muitos já havia uma encomenda de que o senador Sergio Moro sairia aqui do Paraná com uma sentença favorável à sua cassação. Mas os desembargadores demonstraram a lisura do processo e votaram conscientemente de que não houve os abusos relatados pelos interessados na cadeira do senado. A votação foi até certo ponto esmagadora, pois os placares que se comentavam no meio político seriam totalmente apertados e diferentes do que ocorreu.
Desta forma o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, declarou, na terça-feira (9), que, por maioria de votos, a Corte decidiu pela improcedência dos pedidos que pleiteavam a cassação do mandato do senador Sergio Moro e a sua inelegibilidade por abuso do poder econômico durante a campanha para as eleições de 2022.
Os desembargadores Luciano Carrasco Falavinha Souza, Claudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz e Anderson Ricardo Fogaça e Sigurd Roberto votaram contra a cassação. Os desembargadores José Rodrigo Sade e Júlio Jacob Junior, se manifestaram a favor. O julgamento foi iniciado no dia 1º de abril e foi encerrado na terça-feira (09) e agora segue para Brasília, pois os advogados do PT e do PL afirmaram que vão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se Moro for cassado pelo TSE, novas eleições serão convocadas no Paraná para preencher a vaga do senador. Ele também poderá ficar inelegível por oito anos.