O líder da base de apoio ao governo na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), considera que não há necessidade de convocar uma comissão parlamentar de inquérito para apurar eventuais casos de corrupção na Receita Estadual. “Pela minha experiência parlamentar, eu confio mais no Gaeco do que numa CPI. A Justiça vai investigar e punir com rigor aqueles que cometeram crimes. O Ministerio Publico do Paraná, através do Gaeco, da Policia Civil e Polícia Militar está investigando, é um grupo especializado que tem o promotor que é um dos melhores do estado, Claudio Esteves, e toda uma equipe de pessoas qualificadas”, analisou.
Segundo Romanelli, as comissões parlamentares de inquérito nem sempre satisfazem as expectativas da sociedade ou chegam às conclusões pretendidas pelos deputados. “ CPI não é panaceia, Em 2003, foi criada nesta Assembleia, a CPI do Pedágio. Tínhamos a expectativa que a CPI, presidida pelo deputado André Vargas,, fosse concluir que o contrato feito pelo governador Jaime Lerner, em conluio com as concessionárias, era abusivo porque instituiu um modelo tarifário perverso, o pedágio mais caro do país e deveria ser revogado. A CPI no entanto deu aval ao contrato abusivo, dizendo que era um ato jurídico perfeito e nada mais pôde ser feito. Ano passado, outra CPI do Pedágio foi criada, presidida pelo deputado Nelson Luersen. E também frustrou as expectativas, do ponto de vista prático”, afirmou.
Romanelli diz que o mesmo acontece na CPI da Petrobrás, no Congresso Nacional. “Anos atrás foi feita uma CPI que só serviu para acusar um ex-deputado federal, já falecido, de ter recebido R$ 10 milhões para dizer que não havia corrupção na empresa. Agora mesmo há uma CPI da Petrobrás. Enquanto a Operação Lava Jato está apurando, prendendo pessoas e pedindo o resgate dos valores desviados, na CPI o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que também está sendo acusado, fez sua defesa e atacou duramente o Ministério Público Federal e o procurador-geral, Rodrigo Janot. A CPI está sendo vergonhosa”, ponderou