CPI vai ouvir donos de empresa que pagou R$ 1,5 milhão para filho de Lula

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A CPI do Carf aprovou nesta terça-feira, 26, requerimentos do líder do PPS
na Câmara, Rubens Bueno (PPS), para ouvir os lobistas Mauro Marcondes
Machado e Cristina Mautoni, acusados de integrar a quadrilha que pagava
propina em troca da diminuição ou mesmo perdão de multas aplicadas pela
Receita Federal. O crime se dava durante o julgamento de recursos no
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Além disso, o Ministério
Público Federal também investiga o escritório da dupla pelo pagamento
suspeito de R$ 1,5 milhão para a empresa LFT Marketing Esportivo, de
propriedade de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula. As
informações são do Paraná Portal.

Uma das hipóteses é que o dinheiro seria um pagamento pela intermediação do
filho de Lula num esquema de venda de medidas provisórias para favorecer
montadoras de veículos com prorrogações de isenções tributárias. O caso foi
descoberto dentro das investigações da Operação Zelotes. Luís Cláudio
alegou que a LFT prestou serviços à Marcondes e Mautoni nos anos de 2014 e
2015 e, por este motivo, recebeu os valores que foram contratados. A versão
não convenceu o MPF e muito menos o líder do PPS.

“Não há justificativa para os pagamentos recebidos pela empresa do filho de
Lula. O próprio procurador Frederico Paiva, responsável pelas investigações
da Operação Zelotes, admitiu na CPI que não conseguiu identificar quais
serviços foram efetivamente prestados por Luís Claudio e que justificaram
os pagamentos de R$ 1,5 milhão. Por que uma empresa de marketing esportivo
receberia dinheiro de um escritório que defende empresas investigados pelo
Carf? Tem algo errado aí”, afirma o líder do PPS.

A CPI também aprovou nesta terça-feira a convocação de outras 19 pessoas
entre empresários, ex-conselheiros do Carf e advogados. Entre elas estão o
banqueiro Joseph Safra, acionista do Banco Safra, e os executivos Robert
Rittscher e Paulo Arantes Ferraz, presidente e ex-presidente da MMC
Automotores (nome da Mitsubishi do Brasil), empresa que teria se
beneficiado da venda de MPs. Também foi convocada a ex- assessora da Casa
Civil da Presidência da República Lytha Spíndola, responsável por análise
de medidas provisórias que garantiram benefícios fiscais a empresas do
setor automobilístico.

(foto:PPS)

*link matéria*
http://paranaportal.uol.com.br/blog/2016/04/26/cpi-vai-ouvir-donos-de-empresa-que-pagou-r-15-milhao-para-filho-de-lula/
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