Prestes a completar dez meses de gestão, administração Silva e Luna acumula conquistas em várias frentes – todas baseadas na legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Era final de fevereiro, mais precisamente dia 26 daquele mês, e a gestão da usina de Itaipu, margem brasileira, passaria a ter um novo comando e uma grande reestruturação. O general Joaquim Silva e Luna tomava posse como diretor-geral brasileiro da usina com uma missão muito alinhada à do governo do presidente Jair Bolsonaro. “Era preciso fazer mudanças e preparar a empresa para novos tempos”, diz Silva e Luna.
Isso porque, em breve, dentro de três anos, a empresa passará pela revisão do anexo C, que trata das bases financeiras do Tratado de Itaipu, quando a dívida estará paga. Itaipu precisará estar pronta para atuar em cenários diferentes, dentro de um mercado dinâmico e complexo de energia elétrica.
A gestão Silva e Luna reconfigurou a imagem da empresa com a adoção de medidas republicanas baseadas nos preceitos da boa administração pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, como rege o artigo 17 da Constituição. Todos os diretores nomeados para a Itaipu em 2019 têm o perfil de gestor e técnico.
Os convênios, contratos e patrocínios foram reavaliados. Os montantes gastos em ações sem legado ou aderência à missão da usina foram redirecionados para obras de grande relevância para a população do entorno e, por consequência, de todo o Paraná, Brasil e países vizinhos da América do Sul.
Inicialmente, era preciso mapear, identificar oportunidades de mudança e, logo em seguida, implementá-las. Entre as primeiras ações, foi feita a revisão das normas de patrocínio e de convênios. Com isso, só foram mantidos os que induzem o desenvolvimento regional.
Para isso, a usina passou a ter uma aproximação institucional estratégica com a Prefeitura de Foz do Iguaçu, municípios lindeiros, Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, Governo do Estado do Paraná, Programa Oeste em Desenvolvimento e cooperativas, entre outros.
Legado
Na sequência, implantou-se uma política de austeridade, com redução de gastos com passagens aéreas e diárias, devido ao deslocamento de empregados de escritórios fora da cidade-sede da hidrelétrica, para realocação em obras estruturantes e com legado. Aos poucos, com as torneiras fechadas, conseguiu-se uma economia de cerca de R$ 600 milhões para 2019, 2020 e 2021.
Em agosto começou a construção da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, uma das mais esperadas e mais importantes para a região – com recursos de Itaipu.
A gestão Silva e Luna dava o sinal verde ainda para a ampliação do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), que atende pacientes pelo SUS, e obras no aeroporto de Foz do Iguaçu, entre elas, a da ampliação da pista de pouso e decolagem, que vai permitir voos diretos para grandes destinos. A estimativa, com a obra, é triplicar o número de turistas que visitam Foz do Iguaçu e tornar a cidade o destino mais procurado pelos estrangeiros no Brasil. Hoje, Foz perde apenas para o Rio de Janeiro. O processo envolve a Infraero, governo do Estado e Itaipu. Silva e Luna e equipe retomaram também o processo de alienação de imóveis, iniciado em 2004. Como essas casas já cumpriram sua finalidade – foram construídas para abrigar trabalhadores na época das obras da usina -, Itaipu não tem interesse de mantê-las em seu patrimônio. O processo terá continuidade em 2020 e caminha para a melhor solução.
Mudanças internas e externas
A administração fez modificações internas em processos e funções sombreadas com a fusão de algumas áreas, como Responsabilidade Social, Mobilidade Elétrica, Energias Renováveis e Turismo. Além disso, nesses quase dez meses de gestão, Itaipu criou e implementou normas de transparência e as contratações diretas passaram a ser enquadradas nos regimes de licitações públicas.
A gestão Silva e Luna teve um estreitamento do relacionamento com a imprensa (local, regional e nacional). A relação binacional interna foi fortalecida. O bom ambiente permitiu que várias questões relevantes fossem resolvidas. O diretor-geral também determinou o fechamento do escritório de Curitiba, unificando o comando da empresa em Foz do Iguaçu, para otimizar o trabalho.
A gestão também obteve um Acordo Coletivo de Trabalho em um excelente ambiente. Em outro contexto, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) passou por uma reestruturação. Na Justiça, a Procuradoria Geral da República extinguiu uma ação indígena.
Futuro
Para se preparar para diferentes cenários do mercado do setor elétrico, a empresa elaborou um Plano de Trabalho para o Grupo da Revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu e vem participando de todas as atividades referentes ao tema. A coordenação é do Ministério de Minas e Energia.
A política orçamentária da empresa também passou por modificações para melhor aproveitamento dos recursos. E, a mais importante do ponto de vista da gestão, a administração Silva e Luna conseguiu apoiar a Eletrobras e a Ande no processo de contratação da potência da Itaipu Binacional até 2022, com a garantia de que não haverá aumento da tarifa de Itaipu para o consumidor.
Itaipu poderá continuar a honrar compromissos importantes, como, por exemplo, o pagamento dos royalties e das despesas de exploração, nas quais estão inseridos gastos com desenvolvimento social, entre eles as duas pontes internacionais entre Brasil e Paraguai a serem custeadas pela entidade binacional.
Se o ano hidrológico foi um dos piores da história, Itaipu, em compensação, conseguiu ter aproveitamento quase total da água para a geração de energia. O ano de 2019 entra para o histórico de eficiência operacional da usina. Itaipu cumpriu todos os seus compromissos de entrega de energia e se prepara para enfrentar um 2020 mais generoso em termos de chuva. No ano que vem, a empresa dará encaminhamento à atualização tecnológica para garantir a sustentabilidade da produção de energia para as próximas gerações.
Para o diretor-geral brasileiro, todas essas conquistas são reflexo da perseverança e alinhamento da equipe, de todos os profissionais de Itaipu que deram sua contribuição para que a empresa se tornasse cada vez mais respeitada diante da sociedade que paga pelo consumo de energia. “A população não espera de seus gestores, que na verdade são seus servidores, outra postura: respeito ao dinheiro público”, finaliza Silva e Luna.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.