Declarações de filho de Lula são “contraditórias e vazias”, diz PF

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FONTE: revista Época //A Polícia Federal considera contraditórias e vazias as versões apresentadas
nos depoimentos prestados por Luis Claudio Lula da Silva, filho do
ex-presidente Lula, e pelo lobista Mauro Marcondes Machado na terceira fase
da Operação Zelotes.

A LFT Marketing Esportivo, de Luis Claudio, recebeu R$ 2,5 milhões da
consultoria Marcondes e Mautoni entre 2014 e 2015. “As versões por eles
apresentadas se mostram contraditórias e vazias ao ponto de ao invés de
elucidar os reais motivos de pagamentos da Marcondes e Mautoni para a LFT,
na verdade serviu para gerar mais celeuma, já que não há uma definição
precisa sobre quais e quanto serviços foram de fato contratados, qual era
os reais objetos de estudos e ao que eles se destinavam e qual é a relação
deles com o projeto de um centro de convenções, e a inexistência, tanto na
sede da Marcondes e Mautoni (na busca de 26/03/2015 o serviço já teria sido
prestado) quanto na da LFT Marketing Esportivo, de documentação
comprobatória que desse mínimo lastro ao serviço contratado”, diz a
representação da PF, assinada pelo delegado Marlon Oliveira Cajado dos
Santos. No último dia 14 de novembro, ÉPOCA revelou com exclusividade as
justificativas discrepantes de Luis Claudio e Mauro Marcondes.

As afirmações da PF fazem parte do pedido de prisão levado pelo Ministério
Público Federal à Justiça para que Mauro Marcondes, e a sua mulher,
Cristina Mautoni Marcondes, além do representante do casal em Brasília,
Francisco Mirto. De acordo com o relato da PF e dos procuradores Frederico
Paiva e Raquel Branquinho, o trio investigou o procurador da República José
Alfredo de Paula Silva, que integra a força-tarefa do MPF na Zelotes.
Segundo a investigação, Mirto guardava em sua casa anotações, datadas do
dia 7 de abril de 2010, com o nome do procurador, a data em que ele
voltaria de férias, seu telefone e destacado em vermelho: “Investigar e
informar a Cristina Mau”.

“Conforme informado pela autoridade policial representante, o procurador da
República José Alfredo de Paula Silva havia instaurado, naquela mesma
época, ou seja, abril de 2010, um inquérito civil público para investigar
negociações do governo brasileiro relativamente à compra de 36 caças para a
Força Aérea Brasileira, numa contratação que poderia alcançar a expressiva
cifra de US$ 10 bilhões. Nesse contexto, Mauro e Cristina Mautoni acionaram
o seu operador em Brasília, Francisco Mirto, e atribui-lhe a missão de
investigar o procurador da República, suponde-se, assim, que o resultado da
investigação pelo mesmo deflagrada poderia interferir em negociações
escusas praticas pela quadrilha liderada por Mauro e Cristina àquela
época”, diz o pedido de prisão do MPF.

O juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília,
acolheu a representação do MPF e da PF – e determinou a prisão dos três
suspeitos, além de busca e apreensão na sede da Marcos e Mautoni.
“Convenço-me de que a prisão preventiva dos três referidos investigados é
fundamental tanto para a garantia da ordem pública como para a conveniência
da instrução criminal”, diz Vallisney, em despacho assinado no último dia
23 de novembro. Mauro e Cristina estão presos no complexo penitenciário da
Papuda, em Brasília, desde o último dia 26 de outubro, data da deflagração
da terceira fase da operação Zelotes.

Procurado, o advogado de Luis ClaUdio, Cristiano Zanin Martins disse que
não teve acesso ao documento, mas afirmou que o depoimento foi
esclarecedor. “Entendemos que o depoimento foi esclarecedor e afastou
qualquer dúvida, especialmente no que tange a licitude da contratação e a
realização dos serviços contratados”.
(foto: Ernesto Rodrigues/Estadão)
*link matéria*
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/11/declaracoes-de-filho-de-lula-sao-contraditorias-e-vazias-diz-pf.html

FONTE:*Thiago Bronzatto e Filipe Coutinho, Época*//

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