Delegado da Polícia Federal de Curitiba auxiliará força-tarefa que investiga Gleisi Hoffmann em SP

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fonte:*Ucho Haddad*//Foi prematura e imprudente a alegria que tomou conta de Gleisi Helena
Hoffmann (PT-PR) e do marido desempregado, o ex-ministro Paulo Bernardo da
Silva, em torno da decisão do Supremo Tribunal Federal, em setembro último,
de fatiar a Operação Lava-Jato, remetendo para São Paulo a apuração da
Operação Pixuleco II. Décima oitava fase da Lava-Jato, a Pixuleco II
investiga um esquema milionário de propinas no Ministério do Planejamento,
quando Paulo Bernardo era ministro.

A senadora e seu marido comemoram por dois motivos principais: 1) o
fatiamento tirou o casal (pelo menos nessa investigação) da alçada do
rigoroso juiz federal Sérgio Moro; 2) a decisão remeteu o caso para São
Paulo, onde as investigações deveriam recomeçar do zero.

Na visão do outrora “casal 20” do petismo, até que o Ministério Público de
São Paulo se inteirasse da situação haveria tempo para algum tipo de
“acordão” que livrasse os petroleiros de consequências mais graves de uma
enxurrada de crimes.

A festa de Gleisi e do marido começou a desandar já no início de novembro,
quando o Ministério Público de São Paulo, longe de dar um refresco à
senadora e seu consorte, constituiu uma força-tarefa para investigá-los.
Isso porque muitos são os indícios de crimes graves cometidos pela dupla.
Contudo, a situação do casal petista complicou de vez.

De acordo com informação divulgada pela revista Veja, a força-tarefa
paulista que investiga Gleisi ganhará um reforço altamente qualificado. “A
Polícia Federal enviou delegados que atuam na Lava-Jato desde o início para
compor as equipes que cuidam dos inquéritos desmembrados da operação
original. O objetivo é evitar prejuízos às investigações que correm em São
Paulo e Rio de Janeiro, relativas aos desvios no Ministério do Planejamento
e na Eletronuclear”.

Em outras palavras, longe de conseguir uma pausa para respirar, Gleisi
ganhou um grupo de investigadores do Ministério Público de São Paulo,
assessorados por um delegado da Polícia Federal de Curitiba, que sabe tudo
sobre a Pixuleco II.

A Pixuleco II investiga envolve diretamente a senadora petista e o
Ministério do Planejamento, à época comandado por Paulo Bernardo. Trata-se
do escândalo que envolve o Grupo Consist Software, acuado de firmar
contratos suspeitíssimos com a pasta. Há indícios de desvios no valor de R$
52 milhões, que, como apontou a Justiça Federal do Paraná, podem ter
servido para bancar campanhas e despesas pessoais de Gleisi Hoffmann.

A décima oitava fase da Lava-Jato explodiu em agosto deste ano, quando a
Polícia Federal invadiu o escritório do advogado de Gleisi e Paulo
Bernardo, em Curitiba. Guilherme Gonçalves, advogado e militante do PT, é
suspeito de participar de uma operação triangular para ocultar um esquema
de corrupção iniciado no Ministério do Planejamento, que veio à tona com a
prisão de Alexandre Romano, o conhecido como “Chambinho”.

Dos R$ 52 milhões desviados do Ministério do Planejamento, ao menos R$ 9
milhões foram repassados ao escritório de Guilherme Gonçalves a título de
honorários. A partir de então, Gonçalves passou a pagar contas de Gleisi e
Paulo Bernardo e até bancar os salários de serviçais do casal, como o
motorista da senadora.

Por outro lado, Gleisi continua sendo investigada em Curitiba pelo
recebimento de propina no valor de R$ 1 milhão, em dinheiro vivo, em 2010,
com dinheiro originário do Petrolão. A denúncia foi feita, no rastro de
delação premiada, pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo
Roberto Costa, e confirmada pelo doleiro Alberto Youssef, outro delator da
Lava-Jato.

(foto: Agência Senado)

*link matéria*
http://ucho.info/delegado-da-policia-federal-de-curitiba-auxiliara-forca-tarefa-que-investiga-gleisi-hoffmann-em-sp

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