A história se repete novamente no Paraná! A “Tática do Bode na Sala” consiste em criar uma dificuldade extra na negociação, de modo que os outros pontos negociados sejam considerados fáceis quando essa dificuldade for retirada. E assim acontece há vários anos e são recorrentes a cada dois anos no meio político.
Para quem não sabe a parábola verdadeira do bode na sala era de que um homem cansado do ambiente de reclamações em casa, amarra no centro da sala um bode, por sugestão de um amigo sábio. O que acontece realmente é que além da bagunça que causou durante um determinado tempo o bode tinha um mau cheiro de matar, mas era querido pela família dele e ao passar de alguns dias todos começaram a odiar o bode. Não houve outra alternativa e amigo mais vez lhe disse “ tire o bode e limpe a sala para que a harmonia volte a família. Claro que sempre houve discordâncias entre os envolvidos, alterando seu foco de atenção na negociação, de modo a levar as partes a encontrar uma solução colaborativa dando dinâmicas na negociação e também novos rumos ao bode.
Na política está tática também funcionou porque, havia um elemento adicional, que era o ex-deputado federal Deltan Dallagnol, filiado ao partido NOVO, que após a sua cassação, ficou desempregado e alternativa foi receber um alto salário graças ao fundo eleitoral para ser o garoto propaganda da sigla, começou a cheirar mal com algumas citando entre os primeiros e que poderia complicar a campanha de Eduardo Pimentel (PSD) à prefeitura.
Na verdade, o ex-procurador não iria a lugar nenhum, pois com tantas lives em suas redes sociais a sua situação eleitoral em Brasília é totalmente complicada.
Mas ele fez o jogo e muito bem jogado por sinal!
Deltan mesmo cassado fez o papel para se valorizar cada vez mais, usando de todos os artifícios possíveis aos seus 345 mil eleitores, dizendo que era candidato a prefeito em suas redes sociais por vários meses e em algumas vezes sugeriu colocar a esposa como sua sucessora de votos.
Na Boca Maldita e no Centro Cívico a pergunta que mais se faz nestes últimos dias é:
“POR QUE SAIU E QUAL FOI O MEIO MAIS CONVINCENTE QUE O FEZ ABANDONAR A CANDIDATURA?
SERIA UM CANDIDATO FAKE NEWS ?
Recuando em sua candidatura para talvez lá na frente não passar vergonha e ser taxado de “CANDIDATO FAKE NEWS”, por ser declarado inelegível pela Justiça Eleitoral, ele preferiu recuar e sair fora da disputa. Com está saída os candidatos da linha direita já declarados como Eduardo Pimentel e Ney Leprevost deverão absorver alguns votos desta desistência. Para os curitibanos é apenas a retirada de um candidato com espectro político mais à direita, pois atualmente há um leque de 15 nomes com 12 partidos diferentes, que em breve deverão ser melhores divulgados em função das convenções partidárias que ocorrem entre 20 de julho e 5 de agosto e, no dia 15 de agosto se encerra também o prazo para o registro das candidaturas. Com está saída os nomes que restam para a corrida eleitoral são Eduardo Pimentel (PSD), que terá o apoio do prefeito Rafael Greca e do governador Ratinho Júnior; Luciano Ducci (PSB) apoiado por Lula e Gleisi do PT; Ney Leprevost (União), atual deputado estadual e Beto Richa (PSDB), ex-governador do Paraná e hoje deputado federal. O PL poderá até lançar Paulo Martins (ex-deputado federal); o dividido PT ainda poderá ter os deputados federais Carol Dartora e Zeca Dirceu na briga pela vaga. O PDT poderá ter o deputado estadual Goura Nataraj (PDT), mas a novidade de última hora é Roberto Requião, que recentemente deixou o PT e se filiou ao Mobiliza.
