Desempregado, blogueiro diz que vai fazer vaquinha para pagar multa eleitoral de R$ 200 mil ao TRE-PR

tarso

Neste final de semana, o dublê de advogado, professor e blogueiro Tarso
Cabral Violin chorou as pitangas no encontro, em Curitiba, de blogueiros
alinhados ao petismo. Em entrevista a um parceiro nacional, Tarso se
queixou que está desempregado e que não tem dinheiro para pagar a multa de
R$ 200 mil determinada pela Justiça Eleitoral por publicar pesquisa
disfarçada de enquete durante o período eleitoral.

“Com apoio de advogados e blogueiros de todo o Brasil, vou fazer uma
campanha nacional para arrecadação de fundos para o pagamento das multas.
Sou advogado mas principalmente professor universitário, não tenho
condições de pagar essas multas injustas”, disse Violin que culpou o
governador Beto Richa (PSDB) pela demissão na Universidade Positivo. “Eu
lecionava direito administrativo por mais de 10 anos. No ano passado, eu
fui demitido poucos dias antes do Natal. Portanto, estou desempregado e com
obrigação de pagar multas no valor de R$ 200 mil”.

Violin disse que já recorreu da multa e não vê “praticamente mais qualquer
chance” de reverter a decisão do TRE-PR. Questionado sobre “qual a intenção
do Judiciário ao estabelecer multas tão altas?”. Violin respondeu dessa
forma: “calar os cidadãos que gostam de discutir política nas redes sociais
e proteger os poderosos”.

Desde que estourou o escândalo do Petrolão, uma série de blogs alcunhados
de “sujos” e financiados pelo PT ficou sem eira nem beira na internet, ou
seja, sem patrocínios de forma indireta como se constata nas investigações
da Operação Lava Jato. É o caso do blog em questão e de outros que estão
minguando no Estado e pelo país afora.

Violin, além de figura folclórica, também viu-se seus rendimentos caírem
desde que foi demitido no governo do peemedebista Roberto Requião
(2003-2010). O advogado foi acusado de ter sido “funcionário fantasma” na
Secretaria do Trabalho. Nomeado para exercer o cargo comissionado de
coordenador, a partir de 1º de abril de 2007, ele durou no posto apenas
três meses. O motivo: Tarso não ia trabalhar.

*OUTRA DEMISSÃO – *A exoneração de Violin foi assinada pelo então
secretário Nelson Garcia, pelo Chefe da Casa Civil Rafael Iatauro, e pelo
próprio Requião e publicada no Diário Oficial do Estado em 25 de julho de
2007. De acordo com o próprio secretário da pasta à época, o desligamento
de Violin se deu ao fato de ele não comparecer às atividades, situação que,
se mantida, configuraria ilícito administrativo.

A saída de Tarso, todavia, não configurou um ato de imoralidade por parte
do governo. Ao contrário. Ao deixar o cargo, o petista ajustou com os
superiores que deixaria empregada em seu lugar a própria mulher, Monica
Taborda Violin. Ela assumiu no Estado no mesmo dia em que o marido foi
exonerado, em 13 de julho, o cargo em comissão de chefe de escritório
regional.

*CELEPAR – *Antes desta treta, Violin foi assessor e depois diretor
jurídico da Celepar. Na estatal paranaense, Violin foi investigado por
uma auditoria
interna por fazer vistas grossas ou conivência com uma ”indústria de ações
trabalhistas” que se instalou contra a empresa. O estranho é que todas
ações sempre estiveram a cargo de um mesmo escritório – o Passos & Lunard
-, que tem como um de seus sócios o ex-vereador do PT de Curitiba, André
Passos.

O valor das ações passou de R$ 4 milhões e fato incomum é que a maioria
delas foi por “assédio moral”, ou seja, reclamações que não demandam
evidências materiais. E que, segundo a auditoria, elas se multiplicaram
entre 2007 e 2010, no governo Requião, exatamente quando o responsável pelo
departamento jurídico da Celepar, primeiro como assessor, depois como
diretor, era Violin, amigo de Passos. O advogado foi investigado ainda por
aumentar passivo da empresa nas causas perdidas na Justiça do Trabalho.

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