E agora, PT? Foi mesmo obra de quem? De branco, rico e golpista?

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E agora, PT? Foi mesmo obra de quem? De branco, rico e golpista?

fonte: Ricardo Noblat

No meio do caminho do auditório do Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, onde abriria, ontem, com uma palestra, o 21º Salão Internacional da Construção, a presidente Dilma Rousseff ouviu as primeiras vaias e decidiu dar meia volta.

– Vamos voltar – ordenou de cara amarrada ao seu obediente séquito.

Foi então que as vaias se multiplicaram e aumentaram. Acompanharam Dilma durante mais de cinco minutos. Só cessaram quando ela sumiu da vista dos manifestantes.

Ninguém ali havia sido convidado para vaiar Dilma. A maioria nem sabia que ela honraria o compromisso assumido há algum tempo.

O público não era branco nem rico. Era um público jovem, de classe média baixa. Justamente aquele que na última eleição, em peso, votou em

Dilma no Norte e Nordeste, de preferência.

Golpista? Talvez fosse, sim, a se acreditar no delírio do PT.

Na palestra, Dilma não comentou as vaias. Nem empresários, que a vaiaram também, comentaram.

O que ela disse?

E de fato importa?

O governo está em pânico com o risco de as manifestações contra ele marcadas para o próximo domingo levarem às ruas grandes multidões.

Até o discurso de Dilma, no último domingo, o governo apostava no fracasso das manifestações. Depois do discurso, e das vaias de ontem, teme o pior.

Se dependesse dele, a Central Única dos Trabalhadores cancelaria as manifestações que marcou para a próxima sexta-feira. Elas serviriam para protestar contra o ajuste fiscal.

Serão reorientadas para que sirvam de defesa à Petrobras e ao governo.

O governo cultiva outro temor: o de que as manifestações patrocinadas pela CUT fracassem.

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