Escorraçado e ao mesmo tempo encostado por falta de utilidade no Partido dos Trabalhadores após 2 anos de geladeira, o ex-político de vários mandatos Roberto Requião se filia ao Mobiliza (antigo PMN) e anuncia intenção de disputar a prefeitura de Curitiba.
Não demorou muito tempo após anunciar a desfiliação do PT, que o ex-senador Roberto Requião já planeja o próximo ato que deve ser a despedida realmente no final de sua carreira. A filiação ao Mobiliza ocorreu na última sexta-feira (12), após sentir na pele que PT usou e abusou de sua imagem, apesar de decadente, na última eleição ao governo do estado em 2022, quando sofreu uma derrota acachapante para o governador Ratinho Jr.
As desavenças entre o boquirroto e o PT, já vem desde o tempo da campanha, quando ficou sem estrutura e pouco dinheiro para viajar pelo estado. Este tipo de situação sem fundão eleitoral e sem força para manejar o dinheiro dentro de um partido, deixou o dito cujo em estado de abandono e totalmente sem animação para andar pelo estado.
Sabendo que não podia controlar as coisas como sempre mandava e desmandava, Requião terminou a corrida eleitoral em 2022 porque não podia baixar a cabeça e demonstrar que havia levado um conto do vigário, acreditando que Lula da Silva (PT) ia lhe dar de presente a direção da Itaipu Binacional.
Foi tudo um sonho, uma frustração total, pois o cargo oferecido pelos serviços prestados foi de conselheiro, coisa que para ele era uma esmola. Chegou a chamar a posição de “boquinha de luxo” e revelou que se sentiu desrespeitado com a proposta.
A rebeldia começou em seguida e de lá para cá, no ostracismo e largados as traças tendo apenas as redes sociais para largar o verbo, o ódio só aumentou e a saída agora e descascar o PT nas eleições municipais, ainda mais que o partido irá apostar as fichas em Luciano Ducci (PSB).
Por meio das redes sociais, Requião há tempo vem criticado o governo Lula e após a executiva municipal e Gleisi Hoffmann declarar que irão dar apoio a Ducci, a dose do gardenal teve que ser aumentada, era o que realmente faltava para essa nova filiação.
Sem saída e sem convites não houve outra alternativa e encostar em um partido menor, que era o PMN, o mesmo que lançou Rafael Greca em 2016 e dizer: “Surgiu a tal frente da esperança que, para mim, traz mais desesperança a cada dia. Está difícil entender o que está acontecendo, vou continuar a crítica pesada e repensar a participação na política”!
A CAMINHO DE UM NOVO VEXAME? ABRIRAM A TUMBA POLÍTICA
O Mobiliza, anteriormente conhecido como PMN, foi fundado em 21 de abril de 1984 e estava tendendo a apoiar Eduardo Pimentel (PSD) para a prefeitura e o que não se sabe muito é que embora o Mobiliza não tenha representação no Congresso Nacional e acesso a programas no horário gratuito de rádio e TV, a legenda contará com recursos significativos do fundo eleitoral, estimados em R$ 9 milhões para o ano em curso.
FICA A PERGUNTA: OS CACIQUES DO PARTIDO JÁ COMBINARAM COM ELE?