As eleições municipais de 2016 terão um número recorde de partidos. Segundo
o TSEl, 35 legendas estão habilitadas para participar da disputa por
prefeituras e vagas nas câmara municipais no ano que vem. São cinco siglas
à mais do que as que estavam registradas para a última eleição municipal de
2012. De lá para cá foram criados e obtiveram o registro na Justiça
Eleitoral o Pros e o Solidariedade (SD) em 2013. Este ano, mais três
legendas garantiram direito de entrar no páreo: o Partido Novo, a Rede
Sustentabilidade e o Partido da Mulher Brasileira. As informações são de
Ivan Santos, Bem Paraná
Desses, pelo menos três já manifestaram intenção de lançarem candidatos
próprios à sucessão do prefeito Gustavo Fruet (PDT). O Solidariedade já tem
inclusive um nome escalado para a disputa: o deputado federal Fernando
Francischini, que preside a legenda no Paraná.
Francischini já se declarou publicamente como pré-candidato a prefeito.
Pesa sobre suas chances o desgaste sofrido pelo episódio do confronto entre
professores em greve e policiais, em 29 de abril, no Centro Cívico, durante
a votação pela Assembleia Legislativa das mudanças no fundo de
aposentadoria do funcionalismo público estadual, que resultou em mais de
200 feridos e acabou levando-o a pedir demissão do cargo de Secretário de
Estado da Segurança Pública.
O deputado garante, porém, que tem elementos para se defender e diz querer
usar justamente a campanha para apresentar sua versão do episódio. Ele
alega que um grupo de militantes radicais ligados à CUT e ao PT teriam se
infiltrado na manifestação dos professores para provocar a polícia e
deflagrar o conflito. Francischini aposta ainda na rejeição ao PT na
Capital paranaense e na notoriedade obtida por ele como ferrenho opositor
do partido no Congresso para angariar votos.
*Sonháticos -* Outra sigla que deve estrear no ano que vem é a Rede –
criada sob a liderança da ex-ministra Marina Silva. “A eleição, pelas
pesquisas deverá ter dois turnos, e esperamos estar no segundo turno”, diz
o vereador Jorge Bernardi, que trocou recentemente o PDT depois de 28 anos
no partido, optando pela sigla dos “sonháticos” após romper com o grupo do
prefeito.
Bernardi alega que Fruet “distanciou-se” da população, ao utilizar-se “das
práticas da velha política, de conseguir apoio através de cargos públicos”.
O vereador afastou-se do prefeito depois que Fruet apoiou a eleição de
Aílton Araújo (PSC) para a presidência da Câmara, no final do ano passado.
A Rede aposta no desgaste dos partidos políticos tradicionais – incluindo o
PT, em razão da crise econômica e dos escândalos do mensalão e da Petrobras
– para atrair os votos do eleitorado progressista e de esquerda.
Outra legenda que pode entrar na briga é o Partido Novo, que na semana
passada, promoveu evento de arrecadação de recursos com um jantar em Santa
Felicidade. A sigla tem como bandeira a redução da carga tributária e o
fato de ser formado por profissionais liberais que nunca tiveram
envolvimento com a política tradicional. Outra “causa” defendida pela
legenda é o fim do fundo partidário.
(foto: Agência Câmara)
*link matéria*
http://www.bemparana.com.br/noticia/413354/eleicao-de-2016-tera-recorde-de-partidos-na-disputa