“Eles não mandam no meu governo”, disse o governador Beto Richa nesta
sexta-feira, 20, ao responder de forma assertiva a cobrança do MST pela
saída imediata do chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni. Líderes do MST
condiciaram a saída de Rossoni ao fim aos protestos que ocorrem nas
rodovias do Paraná.
“Eu monto a minha equipe, sei da qualificação e da importância de cada um
dos meus secretários, ou melhor, a opinião deles não me interessa em
relação a isso”, afirmou Richa em entrevista à imprensa ao negar que
Rossoni tenha prejudicado os sem-terra.
Richa disse estar aberto para o diálogo. “Sou uma pessoa tolerante,
equilibrada e estou disposto a conversar com todos, mesmo que tenha
opiniões contrárias, mesmo que tenham motivações políticas, partidárias”,
disse.
“Posso falar com eles, mas é importante o desbloqueio das estradas porque
isso traz prejuízos econômicos ao estado e transtornos aos paranaenses”,
completou.
Beto Richa fez questão de ressaltar que no Paraná “a ordem será mantida”.
“Não vamos aceitar baderna e anarquia no Paraná. Ninguém está acima da lei”.
“Desde o início deste governo, temos procurado manter o diálogo com os
movimentos sociais e toda sociedade. É obrigação procurar a conciliação, o
bom termo em alguns conflitos para que prevaleça o bom senso. Nos quatro
anos deste governo, a paz reinou no campo. Não tivemos conflitos, apenas
pequenas invasões que foram desocupadas pacificamente”, completou Richa.