Enfermagem faz manifestação pela implantação do piso  

ENFE 1

O Sindicato dos Servidores Municipais da Enfermagem de Curitiba (Sismec) realizaram no sábado, 4 de fevereiro, um ato público pela implantação do piso salarial da categoria. A manifestação aconteceu no centro da cidade e foi idealizada pelo Gigantes da Enfermagem – grupo de atuação nacional. 

Os profissionais da área e diversos simpatizantes da causa se concentrarão na praça Santos Andrade, em frente à Universidade Federal do Paraná. Em seguida, saíram em passeata em direção à Boca Maldita, onde vários discursos foram feitos para expor a indignação pela situação que estão enfrentando.  

“É uma falta de respeito com a nossa categoria, já são dois anos e oito meses de luta e ainda não vimos o salário nos nossos contracheques”, afirmou Luiz Carlos Beira Junior, diretor de formação política e sindical do Sismec. 

Há décadas, a enfermagem brasileira espera pelo estabelecimento do piso nacional. Há anos, aguarda que a lei chegue. Há meses, briga pela sua regulamentação. “Será que como a pandemia arrefeceu esses profissionais já não são de tanta importância?”, falou Raquel Padilha, presidente do sindicato. 

Depois de tanto embate, o projeto de lei passou no Senado no final de 2021 e na Câmara no começo de 2022. Depois de sancionada, a Lei 14.434/22 foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal em setembro do ano passado. 

          Agora, para que a suspensão seja reavaliada, falta a publicação de uma medida provisória normatizando a lei. A prévia desta MP foi concluída na última quinta-feira (2) pelo grupo de trabalho instituído pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, primeira mulher a chefiar este ministério. Antes de ser submetido à presidência, o texto ainda deve ser analisado pela secretaria executiva e pela própria ministra, o que exige mais espera. 

O Fórum Nacional da Enfermagem convocou também uma paralização nacional para o próximo dia 14 e os sindicatos de todo o país ainda discutem a possibilidade de greve geral no início de março se esses movimentos não surtirem efeito.       “Precisamos que a categoria também continue pressionando as lideranças políticas de todas as formas possíveis, nas ruas e nas redes sociais, para que a gente conclua esse processo de uma vez por todas”, reforçou Betânia Santos, presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), após reunião no gabinete do ministro de Relações Institucionais da Presidência da República.

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