Entidades do Turismo são contra PEC da Jornada de Trabalho e a favor do fortalecimento das Convenções Coletivas de Trabalho

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A Federação Paranaense de Turismo (Feturismo) e a Confederação Nacional de Turismo (CNTur) se posicionaram contra a aprovação da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) que muda a jornada semanal dos trabalhadores brasileiros. “Além da escassez de mão de obra e da falta de desejo da nova geração de ser CLT, invade as peculiaridades das atividades econômicas e enfraquece as negociações coletivas/individuais nas relações de trabalho”, alertou Fábio Aguayo, presidente da Feturismo e diretor da CNTur.

A chamada PEC do fim da Escala 6×1, que precisava de ao menos 171 signatários para tramitar na Câmara dos Deputados, alcançou na manhã desta quarta-feira (13), 194 assinaturas. A proposta, da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), terá um longo caminho a partir de agora. O primeiro passo é ser discutida na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde será designado um relator para estudar a matéria.

Caso a PEC seja aprovada e sancionada, os trabalhadores do comércio e prestação de serviços terão reduzidas a jornada semanal de 44 para 36 horas. Na prática, trabalharão quatro dias por semana e terão três de folga.“Com todo o cenário atual que vivemos, fomos obrigados a aumentar o investimento na automação no setor, com a inclusão de chopeiras de autoatendimento e caixas eletrônicos para pagamentos sem fila”, disse Aguayo.

“Além de máquinas de venda imediata substituindo os colaboradores nos caixas de saída”. Caso a mudança na Constituição ocorra, os empresários terão que contratar mais mão de obra, para garantir o atendimento aos clientes. “Com isto, teremos outra obrigação de repassar nos preços e cardápios de 15% a 30%, com risco maior de segurar novos investimentos e ampliações dos negócios ou de outras unidades!”, completou o dirigente classista.

Além da Feturismo e CNTur, outras entidades se posicionaram contra a PEC da deputada do PSOL. Entre elas estão a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e Federação das Indústrias de SC (FIESC).

*Com o cenário atual, setor foi obrigado a aumentar o investimento na automação, com inclusão de chopeiras de autoatendimento e caixas eletrônicos para pagamentos sem fila, afirmam*

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