Força-tarefa da Lava Jato sai em apoio a Sergio Moro e fala em ‘guerra desleal’

moro

Membros do Ministério Público que compõem a força-tarefa da Lava Jato
fizeram nesta quinta-feira, em Curitiba (PR), um ato de apoio ao juiz
federal Sergio Moro, que conduz os processos da operação na primeira
instância da Justiça Federal. Desde que quebrou o sigilo dos grampos
telefônicos contra o ex-presidente Lula nesta quarta, Moro está sob forte
ataque do PT. Nesta quinta, durante a posse de Lula como ministro-chefe da
Casa Civil, a presidente Dilma Rousseff atribuiu ao magistrado uma “nítida
tentativa de ultrapassar o limite do Estado democrático de Direito”. As
infor

Em dura nota lida por Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, os
procuradores criticam a “guerra desleal e subterrânea travada nas sombras,
longe dos tribunais”. O texto também diz que “a força das investigações da
Lava Jato deriva da busca da verdade e da Justiça com base em princípios e
regras comungados com a sociedade e estabelecidos na Constituição”. “O
Ministério Público brasileiro e a Justiça não se amedrontarão e darão fiel
cumprimento à Constituição e às leis”, completa.

E Dellagnol reforça: “Todos os atos processuais e investigação da Lava Jato
são submetidos a diversas instâncias do Poder Judiciário conforme o devido
processo legal. E essa é a forma própria de discussão das investigações e
das decisões. Ressaltamos que as decisões judiciais foram proferidas a
pedido do Ministério Público Federal, a pedido dos seus procuradores da
República aqui presentes, os quais assumem publicamente a sua
responsabilidade pela condução das investigações.”

*Juízes -* Em São Paulo, juízes federais também fizeram um ato de apoio a
Moro nesta quinta-feira. Mais cedo, a Associação Nacional dos Procuradores
da República (ANPR) saiu em defesa do magistrado. “A decisão [de dar
publicidade às conversas] foi mais um exemplo de irrepreensível atuação
técnica e profissional do Ministério Público Federal e da Justiça Federal,
que desenvolvem suas funções com serenidade e equilíbrio em uma
investigação complexa, que deslinda organização criminosa de dimensões
inéditas envolvendo poder político e poder econômico”, diz a nota da ANPR.

Os membros da operação Lava Jato também já foram alvos de ofensas do
ex-presidente Lula. Como mostram os grampos telefônicos interceptados pela
Polícia Federal, em conversa com a presidente Dilma no dia 4 de março,
quando foi conduzido coercitivamente a prestar depoimento no Aeroporto de
Congonhas, em São Paulo, Lula chamou os investigadores de “canalhas”. “Se
os canalhas tivessem mandado um ofício teria ido prestar depoimento”, disse
na ocasião.

*link matéria *
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/forca-tarefa-da-lava-jato-sai-em-apoio-a-sergio-moro

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