O impasse do prefeito Gustavo Fruet (PDT) com os professores da rede municipal já é responsável por deixar 70% das 184 escolas sem aulas, de acordo com o balanço realizado pelo sindicato da categoria, o Sismmac. A greve, deflagrada, por tempo indeterminado, levou os professores a se concentrar em frente da Câmara de Vereadores e depois, seguiram em marcha até a prefeitura no Centro Cívico.
Desde às 14 horas os grevistas e a Secretaria de Educação negociam o fim da paralisação. Os professores querem a implantação imediata do novo plano de carreira, com melhores salários e crescimento linear por titulação. O sindicato afirmou, por meio de nota, que “a gestão de Fruet pode rever as prioridades na previsão orçamentária e ampliar o investimento na educação da cidade e garantir o enquadramento imediato”.
R$ 80 milhões – Na Câmara de Vereadores, o líder do prefeito, Pedro Paulo (PT) deu as más notícias aos grevistas: a implantação imediata, e não gradual, do plano de carreira precisa de R$ 80 milhões. A prefeitura diz que não tem o dinheiro, bloqueado pela lei de responsabilidade fiscal até o próximo ano, ou seja, pelo menos mais 5 meses para que algo saia do papel, e que no mínimo mais 24 meses, 2 anos,para a implementação completa.
“Estamos iniciando uma greve por tempo indeterminado para que o plano de carreira seja implementado este ano, como foi prometido em março deste ano. A minuta amarra o prazo em 27 meses, e a gente não aceita”, disse a professora Viviane Passos, diretora do Sismmac.
Também foram cobradas a destinação de 30% do orçamento do município à educação, a renegociação dos critérios para crescimento no 10º e 14º anos da carreira e a revisão do valor da gratificação pelo mestrado. “Sábado ouvimos que a greve é injusta. Injusta são as condições de trabalho que temos na rede municipal”, declarou a servidora. Com informações do Bem Paraná e da Câmara de Vereadores.