O prefeito Gustavo Fruet (PDT) esconde 12 mortes, por
problemas cardiovasculares, nas Upas (unidades de saúde) de Curitiba
em 2015. A prefeitura admite até agora somente uma morte. As mortes
foram apontadas no 70º Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado
em setembro no Expotrade em Pinhais. Desde então, Fruet e a Secretaria
de Saúde não comentam as mortes nas Upas.
Posto de saude vira Mocó
A expectativa pela instalação de uma unidade de saúde na Vila Campo Alegre,
na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), se transformou em indignação a
partir do momento em que as obras foram interrompidas e a estrutura, já
levantada, ficou abandonada. Sem trabalhadores, o local passou a ser
ocupado por usuários de drogas. O que deveria ser um benefício à comunidade
virou problema de segurança pública. As informações são da Paraná Online.
Durante todo o dia e especialmente durante a noite, moradores e
trabalhadores da região ficam com medo de passar pela esquina da Avenida
das Indústrias com a Rua Senador Accioly Filho, onde está o esqueleto da
unidade de saúde. Eles contam que os casos de assaltos a pedestres,
residências e estabelecimentos comerciais da região aumentaram nos últimos
tempos.
“Passo meio correndo por aqui, mas mesmo assim eles ficam nas janelas vendo
o que a gente está fazendo”, conta a costureira Kelly Cristine de Oliveira,
16, que trabalha em um conjunto comercial ao lado da construção. “Eles
ficam encarando, acho que pra ver o que tem no comércio. Várias lojas já
foram arrombadas”, diz. “Quando o pessoal desce do ônibus já fica com medo,
toda a redondeza está perigosa”, completa a telefonista Maria Rodrigues,
44, que utiliza o ponto de ônibus em frente a unidade.
O mato alto toma conta do terreno e a estrutura que abrigaria o material
para as obras está caindo aos pedaços. No interior da construção, as salas
que receberiam os pacientes estão tomadas pela sujeira. Algumas estão
danificadas e têm marcas de incêndio.
“Teve gente esfaqueada aí dentro, briga, virou um mocó”, lamenta o pintor
Sérgio Oliveira, 55. Ele conta que pelo menos 70 famílias da região que
aguardam na fila de espera da Cohab estão se reunindo para invadir o
prédio, já que ainda não conseguiram suas residências. Além disso, a
unidade de saúde faz falta. “Todo mundo da vila tem que ir até o Fazendinha
ou à Vila Nossa Senhora da Luz pra ser atendido. Aqui seria muito melhor”,
diz.
Para o morador Miguel Calisario, que entrou em contato com a Tribuna pelo
Whatsapp 9693-9504, a preocupação maior é com os idosos, que dependem do
atendimento de saúde e precisam pegar dois ônibus para conseguir uma
consulta. “Eles são os que mais utilizam a unidade de saúde e nas outras
vilas, além dos próprios pacientes, acumula mais os que são da Vila Campo
Alegre. Uma unidade aqui seria mais prático pra todo mundo”, afirma.
(foto: Ciciro Back)
*link matéria
http://cacadores.parana-online.com.br/cic/8908/