Fruet pode enfrentar mais uma greve

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Os servidores públicos da saúde em Curitiba estão em pé de guerra com o prefeito Gustavo Fruet (PDT) e o secretário de Saúde, Adriano Massuda (PT) pelas propostas de dividir os ganhos salariais já conquistados pelos dois mil trabalhadores com outros cinco mil em detrimento de mais investimento na área. Os trabalhadores discutiram as propostas, disseram não para Fruet e convocaram a mobilização #FruetNãoArrocha. “Ninguém quer valorização as custas dos ganhos de colega de trabalho. Nós temos que entender que nós somos classe trabalhadora e vamos conquistar tudo juntos”, alerta um servidor.

Também foi convocado um ato na Praça Santos Andrade neste sábado (20) às 9h para pressionar Fruet e Massuda e para alertar a população sobre os problemas enfrentados pelos trabalhadores e a falta de diálogo da prefeitura. Além disso, outra assembleia está prevista para o dia 13 de outubro, e uma das possibilidades é uma greve se tudo continuar como está. Leia a matéria preparada pela assessoria do Sismuc com mais informações:

Saúde rejeita proposta da Prefeitura que arrocha ganhos e realiza ato neste sábado

Para trabalhadores, gestão Fruet quer retirar conquistas financeiras de trabalhadores e não investir na área.

Os servidores da saúde rejeitaram a proposta da Prefeitura de Curitiba que repartia recursos do programa Estratégia Saúde da Família. Para os presentes, a expansão do ESF não pode passar por perdas financeiras dos trabalhadores. Para a assembleia, a saída é aplicar todos os recursos que são recebidos do governo federal e estadual. Com o objetivo de atingir a pauta, os trabalhadores realizam ato neste sábado, a partir das 09h00, na Praça Santos Andrade, com o tema: #FruetNãoArrocha.

A proposta apresentada antigamente pelo secretário de saúde Adriano Massuda repartia valores já ganhos por cerca de dois mil trabalhadores com os outros cinco mil. Na reunião de hoje (15) nada foi alterado. A gestão se limitou a propor a formação de uma comissão para estudos da divisão dos valores. “O que se esperava, em respeito a categoria, era uma proposta finalizada com todos os dados e impactos financeiros”, critica Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc.

A assembleia rejeitou unanimemente qualquer tentativa de arrocho: “Ninguém quer valorização as custas dos ganhos de colega de trabalho. Nós temos que entender que nós somos classe trabalhadora e vamos conquistar tudo juntos”, alerta um servidor.

Já outro servidor criticou que a expansão do atendimento à população passe pelo sacrifício dos profissionais. “Não é a custo dos nossos salários, de nossas gratificações que vão conseguir expandir o programa”, reclama outra servidora.

Para o Sismuc, a expansão de programas e do atendimento à população passa por buscar mais recursos junto ao estado e à União. Segundo Irene Rodrigues, Curitiba não repassa todos os recursos aos trabalhadores. “Os servidores executam no mínimo três programas nacionais e a cidade recebe dinheiro para isso, além de um acréscimo por executá-los. Ocorre que nem todo dinheiro é destinado aos trabalhadores. Bem diferente com o que ocorre em Mandaguari e Pato Branco”, compara.

Enrolando

Durante a assembleia que lutou o teatro Bom Jesus, os servidores retomaram o debate que estava em aberto desde o dia 30 de agosto. Foi feito o resgate dos últimos encontros e das promessas descumpridas pela gestão.

Em agosto de 2013, por exemplo, o secretário de saúde acordou a extensão da gratificação do ESF de forma igualitária. Outro acordo foi a isonomia de 50 % do IDQ para os trabalhadores da urgência e emergência. Terceiro item acordado era a incorporação de valores. “A gestão entrou em acordo duas vezes em 2013 e não cumpriu. Após não implementar os acordos, em fevereiro deste ano os servidores resolveram protestar. Uma ação foi o festival de promessas não cumpridas”, lembra Irene Rodrigues. Após os protestos, a Secretaria de Saúde se comprometeu a realizar uma nova proposta em 29 de agosto. “Eles apresentaram a proposta da Prefeitura. Nele 2 mil recebem e 5 mil não recebem e que haveria o fatiamento. Nós demos prazo para até o dia 15 para apresentar os dados e avaliar”, completa.

#FruetNãoArrocha

Com a recusa da proposta, o ato está marcado para o sábado,20. A concentração ocorre às 09h00 na Praça Santos Andrade. Ele percorre a Marechal Deodoro até a Boca Maldita e termina na Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho, onde faz um abraço simbólico do local. Na pauta está o não fatiamento e a ampliação do ESF, a incorporação de 10% do IDQ, isonomia nas UPAs, cumprimento dos acordos e valorização da saúde.

Assembleia UPA

Escala de trabalho e as condições de trabalho nas UPA’s são temas de novo encontro. A assembleia especifica no dia 18 de setembro, quinta-feira, às 19 horas, no Sismuc. Os servidores do Samu também podem participar, pois estão dentro do serviço de urgência e emergência.

Já a assembleia dessa segunda-feira permanece em aberto com uma nova sessão em 13 de outubro.

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