“Fruet quer campanha com dinheiro público”

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Cinco pré-candidatos a prefeito de Curitiba estranharam a transferência de
R$ 53 milhões da Câmara dos Vereadores para o prefeito Gustavo Fruet (PDT)
“fazer o que quiser” em pleno período eleitoral. “Se a Câmara Municipal de
Curitiba aprovar o repasse de R$ 53 milhões para o prefeito Fruet fazer o
que bem quiser terá instituído só pra ele um inédito financiamento público
da campanha”, disse o ex-prefeito Rafael Greca (PMN) sobre o projeto que
será votado nesta terça-feira, 10, no legislativo curitibano.

O deputado Fernando Francischini (SD) vai mais longe. “Fruet é péssimo como
administrador e uma decepção como prefeito. Mesmo ligado diretamente ao
governo petista de Dilma vai entregar a nossa cidade com mais de R$ 1
bilhão em dívidas”, disse.

“Agora, na ‘boca da eleição’, tenta usar recursos de todas as áreas
possíveis, inclusive da Câmara de Vereadores, para fazer politicagem de
olho nos votos dos bairros que ficaram abandonados por quatro anos!”,
reagiu Francischini.

*Politicagem – *O deputado Luciano Ducci (PSB) classificou o empréstimo dos
vereadores ao prefeito como “politicagem em ano eleitoral”. Segundo Ducci,
o dinheiro deve ser utilizado para sanar o caos da saúde como a compra de
medicamentos, conclusão de postos de saúde inacabados e na criação de vagas
de berçário. “É uma manobra eleitoreira para atender a base do prefeito às
vésperas da eleição. O repasse não pode ter a necessidade de devolução em
2018”, pontuou.

Ducci disse que o correto é repassar os recursos do legislativo municipal
aos cofres do município como ocorreu entre a Assembleia Legislativa e o
Estado no final de cada ano e a fundo perdido. “A dívida de Curitiba chega
a mais de R$1 bilhão aos fornecedores e prestadores de serviços. E vai se
somar mais R$ 53 milhões de dívidas, cujo fim é eleitoreiro, para que o
prefeito tenha em mãos recursos para fazer maquiagens na cidade, para dar a
ilusão que tudo está bem”, disse.

*Fruet, um susto – *O deputado Paulo Martins (PSDB) tem opinião semelhante.
“Se a Câmara economizou, é razoável que o dinheiro seja devolvido ao
executivo já que este tem inúmeras obrigações direta. O problema é como
está sendo feito. O recurso está parado há tempos e só agora houve a
movimentação para utilizá-lo pela prefeitura, praticamente no meio do ano,
sem que haja uma programação para utilização do recurso”, disse Martins.

“Fruet demonstra que sua administração é tão planejada quanto um susto”,
completou o deputado tucano.

“Isto é financiamento público da campanha do Fruet, absolutamente imoral”,
disse o deputado Ney Leprevost (PSD) que afirma que o prefeito está
deixando Curitiba em verdadeiro estado de insolvência fiscal. Leprevost
atenta que desde o final de 2014, a prefeitura está sem a certidão
liberatória do Tribunal de Contas em função de dívidas não paga.

E o cenário, segundo o deputado, pode piorar com este empréstimo da Câmara
Municipal. O rombo na previdência já chega a R$ 200 milhões e dos
precatórios, Fruet já retirou mais de 130 milhões. O Ministério Público,
por exemplo, já apresentou a denúncia do rombo na previdência municipal.

(fotos: arquivo/google)
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