Funcionário de restaurante, acusado de estelionato e desvio de recursos, é solto em Curitiba

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Marcelo Henrique de Freitas, preso há cerca de um mês em Curitiba, acusado de estelionato e desvio de recursos da empresa em que trabalhava, conseguiu alvará de soltura neste sábado, 24 de dezembro de 2016. Ele foi acusado de invadir dados bancários do restaurante onde trabalhava e, na prisão, teve 15 automóveis apreendidos.
A família se diz vítima de perseguição porque pleiteava direitos trabalhistas. Marcelo e sua esposa Fernanda Maria Rosa trabalharam por mais de quatro anos no restaurante da família Caliceti, sem registros profissionais. Ao buscarem os direitos trabalhistas, os dois foram acusados de desviar recursos da empresa. A prisão chamou a atenção da Imprensa, pois foram apreendidos, na ocasião, 15 automóveis na residência de Marcelo – que trabalhava, nas horas vagas, com a comercialização de veículos. Também foram recolhidos, durante a prisão, armas e munições com a acusação de que seriam de Marcelo.
O casal tem dois filhos autistas e a prisão se deu na frente das crianças – o que fez com que uma delas perdesse a fala, problema do qual ainda não se recuperou.
Acompanhe a nota emitida pelo escritório jurídico Elias Mattar Assad – Advogados Associados:
Nota para a Imprensa
O plantão criminal do escritório jurídico Elias Mattar Assad – Advogados Associados foi mobilizado nesta sexta-feira (23/12/2016) para pleitear a liberdade de Marcelo Henrique de Freitas, ex-funcionário do grupo de restaurantes da família Caliceti, em Curitiba. A prisão midiática perdurou por mais de 29 dias e foi revogada neste sábado (24/12/2016), no Plantão Judiciário da Capital, estando para ser cumprida a ordem de soltura nas próximas horas. Atuaram as advogadas Louise Mattar Assad e Thaise Mattar Assad.
Quanto ao caso, a defesa declara neste momento:
1. Não é na polícia que se resolvem problemas trabalhistas;
2. Marcelo Henrique e sua esposa trabalharam como altos funcionários do grupo de restaurantes da família Caliceti, por quase quatro anos, sem registro em CTPS (jamais no departamento financeiro, como se acusou);
3. A desavença inicial com os patrões se deu porque queriam os empregados o reconhecimento dos seus legais direitos trabalhistas;
4. Ao contrário do que se especulou na prisão midiática quanto aos automóveis apreendidos, Marcelo e esposa sempre trabalharam licitamente com compra e venda, recuperação, regularização e quitação de veículos, fora dos horários de expedientes. Este trabalho, por si, sempre lhes garantiu excelente padrão de vida;
5. Quanto a armas e munições apreendidas, além de serem legais, não pertenciam aos acusados;
6. Ficará provado que o casal não praticou qualquer ato criminoso e não há qualquer prova no sentido das investigações que justificassem as medidas e a prisão;
7. Informam os acusados que além da defesa criminal, estão acionando a Justiça do Trabalho para assegurar seus direitos e pretendem também indenizações por danos morais. É a nota.
Thaise Mattar Assad Louise Mattar Assad
Advogada Advogada
Legenda da foto: Veículos apreendidos na residência de Macelo de Freitas. (Foto de Carlos Soares – DPC – publicada na Imprensa)

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