Tem certas coisas que acontecem nesse mundo político que ninguém acredita. Este valor a ser recebido por Maurício Requião até o início de março estava indo por água baixo e de um hora para outra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um cavalo de pau e reviu a própria decisão que proibia o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TC) de avançar no pagamento de um acordo de R$ 12 milhões ao conselheiro Maurício Requião referentes aos salários e polpudos benefícios atrasados durante os 13 anos em que ele ficou afastado do cargo por determinação judicial, segundo o Blog Politicamente. Na última sexta-feira (21) , Gilmar Mendes derrubou a própria decisão liminar ao negar a reclamação, que ele já havia acolhida, proposta para barrar o pagamento milionário. Na prática, a Corte de Contas do Paraná poderá retomar o julgamento do acordo que vai beneficiar Maurício Requião. O “presente” que fora pensado para o Natal, deve sair na Páscoa — marcado pelo sentimento de ressurreição.
PAGAR SEM TRABALHAR: NA MÃO DE IVENS, A MAIOR VERGONHA DO TRIBUNAL!
A dúvida é se o atual presidente do TC, Ivens Linhares, vai pautar o julgamento do acordo já que a ação popular que questiona o pagamento milionário ainda está em curso podendo ser julgada procedente ao final ou em grau de recurso — ou seja, novos desdobramentos e decisões podem surgir. O advogado Jorge Augusto Derviche Casagrande, um dos autores da reclamação no STF, afirmou que estuda entrar com um recurso ao pleno do Supremo. Muitos comentam no Centro Cívico que tal possibilidade não passa de uma conspiração. Há, no entanto, quem acredite sim num improvável entendimento entre Governo e Maurício Requião que abriria uma vaga de conselheiro — que seria ocupada por João Carlos Ortega. A resposta será dada, indiretamente, pelo conselheiro: se ele pedir aposentadoria antes do final do governo Ratinho Junior, até 31 de dezembro de 2026, ficará nítido o pacto firmado. Portanto, não será surpresa se novos personagens, munidos da nova decisão de Gilmar Mendes, podem, de alguma forma, tentar pressionar o andamento do acordo milionário.
Estranhamente que na última decisão, Gilmar Mendes afirmou “ NÃO TRABALHOU, NÃO RECEBE”, e agora mudou de ideia…