Gleisi até hoje não explicou viagem com avião da FAB para ato político em Toledo

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A senadora Gleisi Hoffmann (PT) apressou-se a criticar a viagem do
governador Beto Richa (PSDB) a França, China e Rússia, mas até não explicou
a utilização da avião da FAB para deslocamento de Brasília para Curitiba,
quando era ministra da Casa Civil, para depois participar de eventos
políticos-partidários no interior do Paraná.

Em agosto de 2013, na época já pré-candidata ao governo do Paraná, Gleisi
esteve em Toledo, e utilizou um avião alugado pelo PT. A petista foi à
cidade acompanhada do vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias, para
o lançamento do Plano Safra e entrega de máquinas agrícolas. O deputado
Fernando Francischini, na época, solicitou detalhes da viagem. Para ele, a
atitude de Gleisi caracterizou improbidade administrativa ou crime
eleitoral. “Se ela foi para um evento oficial, não deveria gastar dinheiro
do fundo partidário para a viagem. Se foi para participar de um ato
político, desvirtuou sua função de ministra”, disse.

Francischini aponta que, apesar de ter utilizado verbas do partido para o
deslocamento até Toledo, Gleisi requisitou um avião oficial para o
deslocamento Brasília-Curitiba e para o retorno da capital paranaense a
Brasília. No registro de viagens do Comando da Aeronáutica, o motivo da
viagem é classificado como “serviço”.

O cardápio oferecido a Gleisi e outros ministros nas viagens era mais do
requintado. Só uma empresa, a RA Catering, recebeu R$ 1,7 milhão do governo
em 2013 para oferecer um menu sofisticado, digno de uma bela noite de
jantar em solo: caviar, carne de coelho assada, pato, lagosta, camarão,
picanha e até rã.

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