Gleisi vê repetição maliciosa na versão que aponta propina de R$ 1 milhão para campanha em 2010

gleisi

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) vê “repetição maliciosa” da imprensa que
divulga suas ligações com recebimento de R$ 1 milhão em propina de dinheiro
desviado da Petrobras. “Vejo a repetição maliciosa das mesmas versões
publicadas desde outubro de 2014, a partir de informação dada pelo advogado
do doleiro. Repito que os documentos do processo não demonstram o que se
divulga nos jornais”, disse Gleisi no facebook.

“Qualquer jornalista que se der ao trabalho de pesquisar e ler, verá o
quanto de manipulação está acontecendo neste caso”, supõe Gleisi ao
insinuar parcialidade na cobertura da imprensa sobre o caso. Leia a seguir
a íntegra da postagem no facebook.

*Desde outubro de 2014 tenho sido acusada, junto com meu marido, Paulo
Bernardo, de ter pedido e recebido dinheiro de propina para minha campanha
ao Senado em 2010.*

*Reafirmo aqui, com todas as letras, que não pedi, nem recebi dinheiro
dessa procedência pra minha campanha. Reafirmo que não conheço Paulo
Roberto Costa, nem tampouco Alberto Youssef. Nunca estive com eles e nunca
me envolvi com assuntos da Petrobras. Reafirmo, ainda, que todos os valores
doados à minha campanha foram devidamente contabilizados e aprovados pelo
TSE.Somente em março de 2015 tive acesso às delações premiadas desses
senhores, que foram ouvidos duas vezes cada um. Nas transcrições que estão
no processo, nenhum dos dois assume a responsabilidade pelo suposto repasse
nem de terem sido sujeitos para o pedido.Explico melhor: Paulo Roberto
Costa diz que foi Alberto Youssef quem pediu pra ele passar dinheiro para
minha campanha e Alberto Youssef diz que foi Paulo Roberto Costa quem
determinou o repasse. Nenhum confirma que falou com Paulo Bernardo a
respeito do assunto.Por fim, a pessoa que segundo Youssef teria sido o
entregador de tal recurso – também signatário de um acordo de delação
premiada, diz que não me conhece e nunca teve contato com minha campanha.
Está nos autos do processo, após depoimento à Polícia Federal.Os
empresários ouvidos nesses processos da Lava Jato negaram que eu tenha sido
beneficiária de dinheiro desviado. Minha indignação é com a volta deste
assunto, requentado, para as páginas dos jornais depois da acareação entre
os dois delatores. Ambos, pelo que li na imprensa, reafirmaram o que já
disseram anteriormente, ou seja, reafirmaram as contradições que estão no
processo. Não há novidades.Entretanto, vejo a repetição maliciosa das
mesmas versões publicadas desde outubro de 2014, a partir de informação
dada pelo advogado do doleiro. Repito que os documentos do processo não
demonstram o que se divulga nos jornais.Não tive acesso ainda às notas da
acareação. Mas, repito, se os delatores confirmaram o que haviam dito
antes, confirmaram as contradições. Os autos são públicos, estão na página
do Procuradoria Geral da República. Qualquer jornalista que se der ao
trabalho de pesquisar e ler, verá o quanto de manipulação está acontecendo
neste caso.*

Compartilhe