Greve da APP é 100% política

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A segunda greve dos professores da rede estadual, comandados pela APP Sindicato, que completa 24 dias nesta segunda-feira, 18. Os dias parados neste anos já somam 54 dias em um movimento completamente político que não leva em conta os tremendos prejuízos impõe aos alunos.

O movimento, já declarado abusivo pela Justiça, iniciou como uma “greve preventiva” para evitar a votação do novo plano de custeio da Previdência. A greve prosseguiu depois que o projeto do governo foi aprovado. O pretexto agora é o percentual de aumento relativo à data base da categoria.

Nesse novo foco a APP radicalizou e se retirou das negociações. O governo estabeleceu então um percentual de aumento de 5%. A APP passou a exigir 8,17% relativos à inflação do período. A exigência tem por objetivo produzir desgastes políticos para o governo.

Desde 1994, Plano Real, a indexação (reposição automática da inflação) não existe mais e é proibida. Os professores não estarão tendo perda alguma com uma correção abaixo do índice do INPC. Nos últimos quatro anos receberam aumentos de 63,6%, 32% acima da inflação do período.

A intransigência da APP, sindicato alinhado fanaticamente ao PT, não faz sentido quando se compara com a situação do governo federal, comandado pelo partido, e de outros estados. O governo Dilma vai dar um reajuste com os mesmos 5% que o Paraná. Não se vê movimentação dos sindicatos ligados a CUT, como a APP, para contestar esse índice de aumento.

O Rio Grande do Sul atravessa uma crise tão grande que o salário dos professores está sendo parcelado. Nem se fala em aumento. O Espírito Santo não deu nenhum aumento. São Paulo proibiu por decreto qualquer aumento ao funcionalismo em 2015. Minas Gerais, estado governado pelo PT, promete pagar o piso nacional da categoria até 2017.

O Paraná paga acima desse piso. Na verdade, segundo a ex-presidente da APP, Marlei Fernandes, um professor da rede estadual do Paraná pode se aposentar com até R$ 12 mil mensais (https://www.youtube.com/watch?v=JKe_Ti_Yd5A) que é 3 vezes o teto do INSS. A greve dos professores é 100% política e a sociedade precisa manifestar seu repúdio a esse movimento.

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