GUARATUBA: NOMEAÇÃO DE CONDENADO POR CORRUPÇÃO PARA CARGO PÚBLICO GERA POLÊMICA E   AFRONTA PRINCÍPIO DA MORALIDADE

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Onde mais se mexe mais aparece lembranças dessa turma que foi colocada pelo prefeito Maurício Lense para comandar a prefeitura de Guaratuba. Depois de um carnaval feito no atropelo e que com certeza o Ministério Público vai ficar sabendo de como andou as contratações, a recente nomeação de José Ananias dos Santos, condenado por corrupção ativa e atualmente cumprindo pena, para o cargo de Secretário Municipal de Obras, causou indignação e reacendeu o debate sobre moralidade na administração pública. O caso gerou comparações infundadas com o presidente Luís Inácio Lula da Silva, cuja condenação foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal, permitindo sua candidatura e posterior eleição.

A diferença entre os dois casos é evidente: Lula teve suas condenações anuladas, o que significa que, do ponto de vista legal, ele nunca poderia ter sido considerado inelegível. Já José Ananias foi condenado e está cumprindo pena, o que torna sua nomeação um escárnio ao princípio da moralidade administrativa, previsto na Constituição.

A situação se tornou ainda mais absurda após as declarações de vereadores da cidade durante a sessão da última segunda-feira. Um deles sugeriu que mais condenados por corrupção fossem nomeados, enquanto outro defendeu que José Ananias foi “absolvido pela população”, mesmo sem ter sido candidato. Essas falas escancaram a normalização do desvio de conduta na política local e expõem o desprezo por princípios básicos da administração pública.



A nomeação de um condenado por corrupção para um cargo de confiança representa um risco à integridade do serviço público e um desrespeito à população. Enquanto se espera que servidores sejam escolhidos com base na competência e idoneidade, o episódio reflete o oposto: a legitimação de práticas que deveriam ser combatidas.

O caso evidencia um preocupante retrocesso e deve ser questionado não apenas pela população, mas também pelo Ministério Público e demais órgãos de controle. Afinal, se a moralidade na administração pública for tratada como um detalhe irrelevante, abre-se espaço para que a corrupção se torne regra, e não exceção.

LEMBRANDO QUE O ATUAL SECRETÁRIO DE FINANÇAS, ERA EX-PROCURADOR, TAMBÉM JÁ TEVE PASSAGEM PELA DETENÇÃO

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