Há mais de 20 anos sem ser eleito, Gomyde acumula frustrações na carreira política

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Candidato ao Governo do Estado pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), Ricardo Gomyde, de 52 anos, coleciona frustrações na carreira política. Irrelevante no cenário político e econômico do Paraná, Gomyde sustenta sua campanha em ataques à atual gestão para chegar ao posto de governador. Algo que não é novidade, tendo em vista que sua experiência profissional não é suficiente para que receba a confiança dos paranaenses.

Com formação pautada pelo socialismo e fincada na esquerda partidária (hoje apresenta-se como de centro-esquerda), o atual candidato a governador do Paraná surgiu como liderança estudantil nos anos do presidente Fernando Collor.

Foi eleito deputado federal uma única vez, em 1994, pelo PCdoB, e atuou na oposição do então presidente de direita Fernando Henrique Cardoso. Em 2001, assumiu mandato como vereador de Curitiba, mas saiu do cargo em 2002 para ser presidente da Paraná Esporte, a convite do então amigo, o mais novo petista Roberto Requião.

Desde então, Ricardo Gomyde recorre a cargos de confiança para se manter no meio político. Ele foi secretário de Estado durante dois governos de Requião (PT).

No Governo Federal, Ricardo Gomyde atuou na Secretaria Nacional de Futebol no Ministério do Esporte, na Copa do Mundo de futebol em 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016, conforme aponta seu partido.

Nem sequer quando disputou a presidência da enfraquecida Federação Paranaense de Futebol conseguiu ser eleito.

Sem expressão no Paraná (ao longo dos mais de 40 dias de campanha, o candidato não conseguiu ultrapassar nem 2% de intenções de votos), Ricardo Gomyde tem usado boa parte do período eleitoral para atacar Ratinho Junior ao lado do petista, mesmo que sem base para isso.

Outra coisa que tem feito é prometer sonhos vazios. Ontem no debate da RPC voltou a falar de um pedágio de R$ 5, o que, se acontecesse, deixaria o Estado sem estradas duplicadas e infraestrutura para comportar o seu crescimento. É ilógico.

Também disse que o Estado tem que sentar com o governo federal para discutir verbas de Itaipu. Deve ter esquecido que Ratinho Junior tirou do papel o maior pacote de obras dessa parceria, mais de R$ 1 bilhão para a Ponte da Integração, a Boiadeira e a duplicação da BR-277 em Cascavel.

Sem definir seu posicionamento, Gomyde viu seus correligionários flertando com seus adversários. Exemplo disso é o deputado estadual Goura (PDT), que apareceu em fotos com Lula e Requião na passagem do candidato à presidência da república em Curitiba, o que causou tremendo mal estar. Ele mesmo, no debate da RPC, sequer mencionou o seu candidato à presidência da república, Ciro Gomes. Uma amostra de que não há integração entre sua coligação.

Se nem seus companheiros estão ao seu lado…

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