O MPF repatriou R$ 139 milhões das contas mantidas na Suíça pelo ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco. O valor foi depositado hoje (quarta-feira, 11), na conta da 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba. Avaliado em US$ 45 milhões, o repatriamento de parte do dinheiro desviado por Pedro Barusco é o maior da história do país. Até então, o maior acordo de repatriamento havia sido no valor de US$ 26 milhões (R$ 80 milhões) referente a dinheiro do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. As informações são da UOL.
O repatriamento dos recursos é resultado do acordo de delação premiada feito entre Barusco e o MPF. Barusco é um dos principais delatores do esquema de desvios de recursos públicos da Petrobras investigado pela operação Lava Jato.
Pedro Barusco fez acordo de delação premiada com procuradores federais que investigam o caso. Pelo acordo, o ex-gerente-executivo se comprometeu a devolver US$ 97 milhões, o equivalente a R$ 298,7 milhões. De acordo com seus depoimentos, o PT teria recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões em propinas oriundas do esquema que funcionava na Petrobras.
Procuradores federais viajaram à Suíça em novembro de 2014 para tentar identificar recursos oriundos do esquema em contas bancários mantidas naquele país. A Suíça é conhecida por sua legislação que privilegia o sigilo bancário.
Em depoimento prestado à CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados na última terça-feira (10), Barusco afirmou que começou a receber propinas de empresas que mantinham contratos com a Petrobras a partir de 1997, mas que o esquema ficou “institucionalizado” entre 2003 e 2004.
De acordo com procuradores do MPF que atuam na operação Lava Jato, os acordos de delação premiada feitos entre investigados e o órgão totalizam aproximadamente R$ 500 milhões. Segundo as investigações preliminares da Polícia Federal, o esquema de desvio de recursos da Petrobras está avaliado em pelo menos R$ 10 bilhões.