FONTE: Ucho Haddad ///A situação da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) tornou-se
desesperadora. Afinal, já são quatro os delatores do Petrolão que tiveram
relação direta com a petista e seu marido, o ex-ministroPaulo Bernardo da
Silva.
O último a assinar acordo de delação premiada no âmbito da Operação
Lava-Jato foi o empresário Salim Schahin, dono do grupo Schahin, que o
ex-deputado André Vargas (ex-PT) deu pistas à revista Veja, em abril de
2014, sobre negócios muito suspeitos com o casal petista.
Vargas insinuou que Paulo Bernardo seria intermediário de contratos entre o
grupo Schahin e a Petrobras. Fora isso, o ex-vice-presidente da Câmara dos
Deputados sugeriu que o marido de Gleisi teria recebido uma corretagem por
isso. O casal teria intermediado para o grupo Schahin a construção da sede
da Unila (Universidade Latino-Americana), na binacional Itaipu.
O grupo abandonou a obra de R$ 282 milhões e, após sete aditivos, entregou
apenas 40% da sua construção. No Paraguai, o grupo empresarial envolveu-se
na construção, com dinheiro brasileiro, de um “linhão” superfaturado da
hidrelétrica de Itaipu.
A obra pode ter custado US$ 81,8 milhões acima do orçamento inicial. O
cálculo foi feito pelos jornais ABC Color e La Nación, ao avaliarem que o
custo da obra tocada pelo Schahin não poderia ter custado US$ 170,8
milhões, quando obra idêntica custou US$ 89 milhões. Coincidência ou não,
Gleisi foi diretora de Finanças da usina de Itaipu entre 2003 e 2006.
Ainda na lista de delatores de Gleisi e Bernardo está o ex-vereador
Alexandre Romano (PT). Conhecido como Chambinho, o “camarada” Romano foi
operador do esquema que desviou R$ 52 milhões do Ministério do Planejamento
à época em que Bernardo comandava a pasta. Parte do dinheiro, estimado em
pelo menos R$ 7,2 milhões, foi parar na conta do escritório de Guilherme
Gonçalves, advogado de Gleisi,. Esses recursos, segundo os investigadores
da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, serviram para
pagamentos do motorista da petista e do tesoureiro do PT do Paraná, Zeno
Minuzzo, homem de confiança de Paulo Bernardo.
Alexandre Romano foi preso pela Operação Pixuleco II – uma das fases da
Lava-Jato – e por decisão do STF as investigações foram enviadas de
Curitiba para São Paulo, o que no primeiro momento beneficiou Gleisi e
Bernardo. Contundo, dias atrás o Ministério Público Federal e a Polícia
Federal decidiram criar uma força-tarefa focada na apuração da participação
do casal nas denúncias feitas por Romano.
Os dois primeiros delatores de Gleisi e Bernardo foram Paulo Roberto Costa,
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e o doleiro Alberto Youssef, que
afirmaram em depoimento que, seguindo orientação de Bernardo, entregaram R$
1 milhão (dinheiro do Petrolão) à campanha de Gleisi ao Senado federal em
2010. Em todos os depoimentos – nas ações da Lava-Jato que tramitam na
Justiça Federal e nas CPIs que investigam os escândalos de corrupção na
Petrobras – Costa e Youssef reiteraram as acusações contra o casal petista.
Todo o potencial explosivo da última delação, do empresário Salim Schahin,
ainda não veio à tona, mas, além de Gleisi e Bernardo, deve comprometer
diretamente o ex-presidente Lula, padrinho do outrora “casal 20” da
Esplanada dos Ministérios.
Schahin, em sua delação, disse que perdoou um empréstimo de R$ 12 milhões
contraídos por José Carlos Bumlai, amigo de Lula, supostamente para pagar
despesas do PT. Em troca, Schahin garantiu negócios de R$ 10 bilhões com
navios sondas a serviço da Petrobras.
(foto: internet)
*link matéria*
http://ucho.info/lava-jato-mais-um-delator-do-petrolao-tem-ligacoes-profundas-com-gleisi-hoffmann-e-paulo-bernardo
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