fonte:*Ucho Haddad*///*Alça de mira –* A Polícia Federal passou a investigar o ex-ministro Paulo
Bernardo da Silva, do PT do Paraná, por suspeita de envolvimento nos
escândalos de corrupção que são alvos da Operação Pixuleco II, décima
oitava etapa da Operação Lava-Jato.
De acordo com reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, Paulo Bernardo
está em uma lista de nove ex-ministros que compuseram o primeiro escalão
dos governos Luiz Inácio da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014)
que estão na mira dos investigadores. Entre os suspeitos também está a
mulher de Bernardo, a também petista Gleisi Helena Hoffmann, senadora pelo
Paraná e ex-chefe da Casa Civil. Paulo Bernardo foi ministro do
Planejamento no governo Lula e das Comunicações no primeiro quadriênio de
Dilma à frente do Executivo federal. As informações são do jornal “Gazeta
do Povo”.
A PF entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma planilha com os nomes
dos alvos da Lava-Jato, assim como a detalhada “situação” de cada
investigado. Além de Gleisi e Paulo Bernardo, estão na lista Aguinaldo
Ribeiro, ex-ministro de Cidades (2012-2014); Antônio Palocci Filho,
ex-ministro da Fazenda (2003-2006) e da Casa Civil (2011); o senador Edison
Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia (2008-2010 e 2011-2015);
Gilberto Carvalho, ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da
República (2011-2015); Ideli Salvatti, ex-ministra das Relações
Institucionais (2011-2014); Mário Negromonte, ex-ministro das Cidades
(2011-2012); José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (2003-2005).
Os nomes dos ex-ministros aparecem na petição da Polícia Federal enviada ao
ministro Teori Zavascki, do STF, relator dos processos decorrentes da
Lava-Jato, na qual a corporação pede autorização para ouvir o ex-presidente
Lula no âmbito de Petrolão, o maior esquema de corrupção da história
moderna, que derreteu os cofres da Petrobras.
Não é a primeira vez que o nome de Gleisi Hoffmann aparece vinculado à
Operação Lava-Jato. Em depoimentos no vácuo de acordos de delação premiada,
o doleiro Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras,
disseram que a senadora petista recebeu R$ 1 milhão do esquema de desvio de
recursos da Petrobras para a campanha de 2010.
Recentemente, Gleisi passou a ser suspeita de ter recebido propina
intermediada por escritórios de advocacia. O dinheiro teria sido desviado
de contrato firmado por uma empresa com o Ministério do Planejamento na
gestão de Paulo Bernardo. O objeto do contrato era empréstimos consignados
a servidores federais.