Peça central no escândalo que atingiu o governo Michel Temer no ano passado, o ex-assessor presidencial e ex-deputado federal paranaense Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) disse em depoimento à Polícia Federal que não tinha relação de amizade com o presidente, mas uma relação “profissional, respeitosa, administrativa e funcional, visto que o presidente era seu chefe”. Rocha Loures depôs nos dias 24 e 27 de novembro no inquérito que investiga a edição de um decreto, em maio de 2017, que mudou as normas para o setor portuário e teria beneficiado a empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos (SP). As informações do Bem Paraná.
O inquérito tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso e é o único ainda aberto que tem Temer como alvo. O ex-deputado foi filmado em maio do ano passado recebendo uma mala com R$ 500 mil de um executivo da J&F, que controla a JBS. A Procuradoria-Geral da República acusou Temer de ser o destinatário final do dinheiro –a denúncia, sob acusação de corrupção passiva, teve seu prosseguimento suspenso pela Câmara.
Sobre a mala, Rocha Loures ainda não deu declarações. Para o ex-procurador-geral Rodrigo Janot, Rocha Loures era “homem de total confiança, verdadeiro “longa manus” de Temer –o que o ex-assessor presidencial negou no inquérito que investiga o decreto dos portos.
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