Marina crítica discriminação do governo do PT ao Paraná

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Candidata diz que PSB vai respeitar a aliança com o PSDB no Paraná
Não é só o governador Beto Richa (PSDB) que condena a discriminação do governo federal ao Paraná. Marina Silva, candidata do PSB à presidência, também criticou hoje (terça-feira, 23) em Curitiba a discriminação do governo do PT. Para Marina, este é uma das marcas da “velha política” protagonizada pelo PT, que tende a favorecer apenas os políticos de partidos aliados.

“A nossa posição em relação aos estados é de respeito aos governos eleitos, inclusive o Paraná. Não concordo com esta política mesquinha, da velha política, de que você só faz convênios, só oferece suporte e apoio legítimos aos que fazem parte do seu partido ou da sua coligação”, disse Marina em coletiva à imprensa.

Segundo Marina, o governo federal tem de respeitar a vontade soberana da população e que a discriminação é uma lógica da velha política. “Vamos estabelecer a nova política, nosso foco é no programa, na competência, na honestidade e no respeito à democracia. Não vamos discriminar quem quer que seja em função de ser de outro partido”, disse.

Aliança – Marina adiantou também que o PSB vai respeitar a aliança com PSDB, do governador Beto Richa, no Paraná. “O Beto Albuquerque, tem cumprindo a agenda do PSB. E eu venho mantendo a agenda da mesma forma ate o dia 4 de outubro. E o segundo turno eu vou repetir o meu mantra: segundo turno se discute no segundo turno”, completou Marina.

O deputado Beto Albuquerque, vice na chapa do PSB, já gravou apoio e seu depoimento já foi exibido no programa tucano. “A nossa posição em relação aos governos do estado, não só em relação ao Paraná, é de respeito aos governos eleitos”, completou Marina.

Olhos

“A nossa posição em relação aos estados é de respeito aos governos eleitos, inclusive o Paraná”, diz Marina

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Conheço os casos
de discriminação

A fala de Marina Silva (PSB) evidencia, mais uma vez, as discriminações ao Paraná. Um dos exemplos mais emblemáticos é o caso do empréstimo de R$ 817 milhões do Proinveste. O dinheiro só foi liberado depois de três liminares do Supremo Tribunal Federal e da ordem da prisão contra o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, que travava a liberação dos recursos.

Mas há outros casos, a maioria patrocinada pela senadora Gleisi Hoffmann (PT), na época na chefia da Casa Civil. Gleisi foi coordenadora do plano de concessões que incluía aeroportos, ferrovias, portos e rodovias.

E, por exemplo, o traçado da ferrovia Norte-Sul excluía a ligação com o Porto de Paranaguá. O projeto ligava a produção paranaense aos portos de São Francisco (RS) e Rio Grande (RS), isolando Paranaguá – o segundo maior porto brasileiro.

Rodovia – A proposta só foi rejeitada por pressão das forças políticas do Estado e novo traçado aprovado, com 130 km a menos, liga Maracaju (MS), entra no Paraná por Guaíra, passa por Cascavel e Guarapuava até chegar ao Porto de Paranaguá.

O setor produtivo paranaense também rejeitou outra proposta de Gleisi sobre o novo plano de arrendamento de áreas no Porto de Paranaguá. O plano desagradou a todos.

Por fim, as rodovias. No dia 23 de janeiro passado, a ANNT publicou a portaria do leilão da concessão da BR-163. O interessante que o governo federal concedeu apenas o trecho de 847,2 km entre as divisas do Mato Grosso, passando pelo Mato Grosso do Sul, e do Paraná. A rodovia vai receber R$ 4,6 bilhões de investimentos na duplicação do trecho entre MT e PR, já o trecho paranaense de 345 km foi excluído no plano de concessões elaborado por Gleisi.

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