_Carlos Augusto Ferreira esclareceu que o nome mencionado em mensagens da Operação Mafiusi não se refere a ele, mas sim a Carlos de la Cruz Hyppolito, empresário ligado à fintech Pinbank e dono de uma mansão milionária em Miami_
Durante entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (24), o secretário licenciado da Fazenda de Maringá, Carlos Augusto Ferreira, apresentou documentos e informações públicas e esclarecedoras que foram disponibilizadas aos jornalistas, comprovando sua inocência nas investigações da Operação Mafiusi, conduzida pela Polícia Federal. Ele também revelou a verdadeira identidade do “Carlão” citado em trocas de mensagens interceptadas pela PF com um dos operadores do esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC.
Segundo Ferreira, a pessoa mencionada nas conversas é Carlos de la Cruz Hyppolito, sócio da fintech Pinbank, de São Paulo. De acordo com os registros, a conta telefônica usada nas comunicações investigadas está vinculada ao nome de Hyppolito, que também é proprietário de uma mansão em Biscayne Island Ter, North Miami, na Flórida (EUA), avaliada em mais de US$ 4 milhões.
Ainda conforme as informações apresentadas, a empresa South Pacific, pertencente a Hyppolito, tem sede no mesmo endereço da mansão, o mesmo que aparece associado à linha telefônica identificada nos prints das investigações.
Carlos de la Cruz Hyppolito chegou a ser cogitado para prestar depoimento na CPI das Bets, no Senado Federal, mas desde a deflagração da Operação Mafiusi não foi mais localizado e ninguém conseguiu contato com ele.
*Esclarecimentos*
Carlos Augusto Ferreira reafirmou que não possui qualquer relação com Hyppolito, com a Pinbank ou com as operações citadas e detalhou os fatos que lhe foram atribuídos.
“Trabalhei como consultor da fintech em 2024 durante 18 dias, mas os fatos investigados são de 2022 e 2023. Nunca tive telefone com DDD dos Estados Unidos; meu telefone é o mesmo há mais de 12 anos. Conheci pessoalmente o senhor Hyppolito apenas de forma profissional.”
Ele comentou também sobre a apreensão de veículos em sua residência. “Fui surpreendido com o mandado de apreensão dos três veículos da minha residência, mas estou colaborando com todas as autoridades para esclarecer os fatos.”
Sobre os áudios que fundamentaram as acusações, Ferreira destacou. “A perícia nos áudios vai comprovar que não somos as pessoas envolvidas. Confio nas instituições e sei que erros acontecem, mas meu compromisso é com a verdade e com