Marlei, a líder radical da APP, revela em vídeo de 2014 que professor se aposenta com R$ 12 mil por mês no Paraná

DIA DO SERVIDOR PÚBLICO MARCADO POR PROTESTOS

Um professor do ensino médio, da rede estadual do Paraná, pode se aposentar com salário de R$ 12 mil. É esse o salário de final de carreira de no final do nível 2 classe 11. É essa situação privilegiada, rara no serviço público, e inimaginável para um trabalhador da iniciativa privada, que pode sonhar, no máximo, com o teto do INSS que é de R$ 4.662,00. Apesar dessa situação invejável, os professores do Paraná, sob o comando da APP Sindicato, uma agremiação à serviço do PT, estão em greve, invadiram a Assembleia em fevereiro e participaram de um confronto violento com a Polícia Militar no fim de abril.

A situação privilegiada dos professores do Paraná se deve em grande parte as políticas de reposição salarial e aumentos reais implantadas pelo governador Beto Richa. E quem reconhece (ainda que indiretamente) esse fato é, ninguém mais ninguém menos que a professora Marlei Fernandes, ex-presidente da APP Sindicato e uma das principais responsáveis pela invasão da Assembleia em fevereiro e comandante do ataque ao cordão de isolamento da Polícia Militar na Assembleia na semana passada, que resultou em dezenas de feridos.

Ao fazer campanha para eleger o companheiro Hermes Silva Leão seu sucessor no Sindicato, em 2014, Marlei, que agora trata o governador como se fosse um perseguidor feroz dos professores, reconhece uma vertiginosa melhoria na condição salarial e funcional dos professores no período em que Richa assumiu o governo do Paraná.

No filme da campanha pelo companheiro petista, de 8 de setembro de 2014, postado no YouTube pela própria APP (https://www.youtube.com/watch?v=JKe_Ti_Yd5A), Marlei cita o exemplo do salário, “que era de R$ 2.000,00 mais os quinquênios em 2002 e hoje, no final do nível 2 classe 11, é de mais de R$ 8 mil. E no final de carreira, nível 2 classe 11 é de R$ 12 mil”. Marlei prossegue informando que os funcionários de “escola agente 1, que, em 2002, recebiam, no início de carreira, salários de R$ 248 e hoje podem se aposentar com mais de R$ 5 mil, se somados aos quinquênios”.

O agente 2, prossegue a professora, “tinha um início de salário R$ 348,00. E hoje pode se aposentar com mais de R$ 7 mil”. É fato que a professora Marlei atribui todas essas melhorias salariais a ação do Sindicato, o que além de ridiculamente exagerado é absolutamente falso. Só quando o governo concorda com as reivindicações dos funcionários elas acontecem.

Os professores do Paraná tem o mais alto piso salarial do Brasil R$ 3.194,71 (era de 2.001,78 em 2010), a remuneração média atinge R$ 4.700,00 e eles tiveram um aumento de 75% no valor da hora-atividade (período que recebem para preparar as aulas), foram contratados 23.653 novos profissionais e o fundo rotativo, que é usado para a manutenção das escolas, teve um aumento de 61%.

Esses benefícios, inquestionáveis, e reconhecidos até mesmo pela professora Marlei Fernandes quando queria cabalar votos para outro companheiro petista assumir o Sindicato, não impediram a APP de se lançar na mais selvagem campanha contra Beto Richa. Tudo para atender os interesses políticos do PT. Marlei (candidata derrotada do PT a uma vaga de deputada federal em 2011), que em 2014, reconhecia as realizações do governador em benefício dos professores, sem mandato, tentou ditar o que a Assembleia Paraná podia, ou não podia aprovar.

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