MARTINEZ DA REDE OM/CNT X PETRELLI DA RICTV : UM PROCESSO QUE VALEU EMISSORA DE TELEVISÃO!

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Impacto volta ao passado para recordar um assunto que sepultaram ou pelo menos tentaram sepultar, e que envolve um nebuloso negócio.
E que negócio!
José Carlos Martinez e Flavio Martinez, os irmãos que nos anos 80 eram os donos da Rede OM, Canal 6, de Curitiba, plantaram em Cascavel, cidade do sudoeste paranaense, ainda pequena naqueles tempos, uma emissora de televisão, a TV Carimã.
Era um instrumento para fazer dinheiro. Muito dinheiro.
Naqueles tempos já se sabia que concessão de tv não podia ser vendida, porque era decisão de governo que não entrava neste tipo de negócio, embora sempre dessem um jeitinho.
Nem a ditadura, que na época se dizia tão rigorosa, colocou o dedo em uma ferida aberta naqueles tempos.
Os irmãos Martinez, José Carlos e Flávio, acertaram um negócio para garantir financeiramente a Rede OM que andava mal das pernas.
Depois de muitos anos desta Rede OM, que prosperou de Cascavel até Londrina e foi se ampliando, resolveram negociar aquela concessão, mesmo sabendo que era proibido tal procedimento.
Venderam para um grupo comando pela Rede Independência de Televisão, a dita concessão, origem hoje da RIC, uma rede de televisão dos Petrelli.
Que inclusive tem, na atualidade, extensão em Santa Catarina.
Prova de que o negócio prosperou.
Na época, o Grupo Petrelli uniu-se com Mario José Gonzaga Petrelli, Silvio Name, Oriovisto Guimarães, e outros, transformando a TV Independência Ltda em poderoso grupo que passou a atuar no ramo televisivo, ampliando seus negócios que já prosperavam com a Radio Independência de Curitiba.
Mas, como foi possível a venda desta concessão, é assunto que não resistiria uma investigação do tipo Operação Jato, porque envolveu muitos assuntos de interesse político.
A TV Carimã, nasceu em 1986 e em 1987 nascia a RICTC-TV Independencia S/A, que expandiu-se para Cornelio Procópio, Maringá e Toledo, sem falar nas afiliadas catarinenses, em número de seis emissoras, com nascimento catarinense em 1989.
ESPÓLIO
Em 1992, nasceu um processo na Justiça através do Espolio de Adalberto Manoel do Nascimento, tendo como terceiros, interessados na dita ação, Felipe Rodrigo da Conceição do Nascimento e Danielle Patricia do Nascimento, filhos do saudoso Adalberto.
A esposa de Adalberto, Maria Eltrida Rosa do Nascimento, figura neste processo que nasceu para investigar como a assinatura de transferência desta concessão de televisão se tornou possível se, sua assinatura foi colocada no documento deste negócio depois que o mesmo já havia falecido.
Impacto vem há muitos anos acompanhando a situação que, no ano passado, teve mais um capítulo em apreciação na Justiça.
O processo original 0000178-9.1992.8.16.0001, teve intimação de audiência de parte da 16ª Vara Cível de Curitiba.
Não se sabe se foi ou não resolvida a situação.
Se houve ou não um acordo com o Espolio de Adalberto Manoel do Nascimento.
Muitas especulações caminham a respeito trazendo dos bastidores informações quanto a um acordo que teria, finalmente, sepultado o dito processo.
Ocorre que, a esta altura, ficam as dúvidas em torno de muita grana que o governo federal deixou de receber através de uma maquiavélica orquestração.
Há gente interessada em acionar o Ministerio Público para que uma Operação no estilo Operação Lava Jato, finalmente, conte em detalhes como ficou toda esta situação.
Impacto voltará ao assunto.

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